SAÚDE
O estudo GBD - Antimicrobial Resistance Collaborators reuniu cientistas de diversos países para analisar a evolução da resistência aos medicamentos
Pesquisa prevê 39 milhões de mortes por superbactérias até 2050 / Banco de Imagens - Freepik
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O mundo enfrenta uma crise de saúde silenciosa, mas letal: bactérias que se tornaram resistentes aos antibióticos. Uma pesquisa publicada na revista The Lancet revela que o número de óbitos por essas infecções pode atingir 39 milhões até 2050, com a América Latina e o Caribe sendo as regiões mais impactadas.
O estudo GBD - Antimicrobial Resistance Collaborators reuniu cientistas de diversos países, incluindo o Brasil, para analisar a evolução da resistência aos medicamentos. Eles acompanharam dados de 204 nações entre 1990 e 2021, gerando projeções preocupantes.
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Essas estimativas alarmantes vêm da combinação de dados sobre internações, consumo de antibióticos e o perfil de resistência de 22 espécies de bactérias. O cenário é crítico e exige atenção imediata de governos e da população.
Por outro lado, pesquisadores do interior de SP descobriram bactérias que podem salvar mares do planeta.
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A previsão de 1,91 milhão de óbitos anuais por doenças bacterianas em 2050, comparado a 1,06 milhão em 1990, reflete um aumento preocupante de quase 70%. Esse crescimento está ligado, em parte, à mudança etária da população, com mais idosos – um grupo mais suscetível a infecções e doenças crônicas.
Confira também que o Butantan descobriu uma molécula com potencial para combater bactérias resistentes.
Os cientistas da The Lancet apresentam três possíveis futuros. O cenário mais provável é que as mortes por infecções bacterianas, resistentes ou não, se mantenham nos níveis atuais, sem grandes reviravoltas. Precisamos de ações concretas para mudar essa trajetória.
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Contudo, há caminhos para evitar o pior. A criação de antibióticos mais eficazes e o aumento da cobertura vacinal são essenciais. Segundo os especialistas, investir na prevenção de infecções e no uso racional de medicamentos pode poupar até 92 milhões de vidas.