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Além da Garganta do Diabo, Litoral de SP tem outro ponto histórico de naufrágios

A Boca da Barra, em Itanhaém, é um dos pontos mais perigosos, onde já aconteceram diversos acidentes com embarcações

Nayara Martins

Publicado em 04/10/2024 às 16:04

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Em janeiro deste ano, uma turista de 30 anos morreu na Boca da Barra / Nayara Martins/DL

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Além do acidente com uma embarcação de passeio que ocorreu no último domingo (29), na região da Garganta do Diabo, em São Vicente, com duas mortes confirmadas, o Litoral de São Paulo possui outro ponto histórico de naufrágios. E fica localizado na Boca da Barra, em Itanhaém, onde já ocorreram diversos acidentes com embarcações de pesca e de passeio.

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Em janeiro deste ano, uma turista de 30 anos, de Taboão da Serra, morreu após a embarcação que ela estava naufragar na Boca da Barra, em Itanhaém. A embarcação tinha três ocupantes e estava perto da Pedra do Carioca, localizada na Boca da Barra.       

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Somente em 2019, foram registrados sete acidentes e duas mortes com embarcações de pesca e turísticas na altura da Boca da Barra, em Itanhaém.

Por que o local é perigoso?

Na Boca da Barra, onde acontece o encontro do rio Itanhaém com o mar, ocorrem fortes correntes marítimas e um grande impacto sobre o relevo. Isso acontece devido aos diferentes níveis de erosão provocados pela água do rio na areia.

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No mês de julho de 2019, aconteceu um encontro entre a Marinha, a prefeitura de Itanhaém e a sociedade civil para discutir medidas de segurança e de prevenção na navegação na Cidade.

O capitão Carlos Augusto Couto Júnior, chefe do Departamento de Segurança do Tráfego Aquaviário da Capitania dos Portos de São Paulo, afirmou, na época, entre as medidas de segurança deveria haver uma sinalização no trecho da Boca da Barra, por meio de estudos no local.

E que apesar de a fiscalização ser competência da Marinha, a intenção era de firmar um convênio com a prefeitura para atuar em conjunto e fiscalizar as motos aquáticas e lanchas de recreio. Outra proposta seria ter um monitoramento por imagens no local.

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A Associação dos Engenheiros e Arquitetos havia montado um grupo de trabalho para discutir as medidas de prevenção.

A engenheira civil Rosana Bifulco, ex-secretária de Meio Ambiente da prefeitura, também defendeu a fiscalização que poderia ser realizada por meio de parceria entre os poderes municipal, estadual e federal e a iniciativa privada.

Disse ainda que deveria haver um treinamento voltado aos proprietários de embarcações de passeio e de pesca.

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Rosana explica que o canal do rio, na Boca da Barra se movimenta diariamente e tem uma variação grande conforme as condições da maré e do tempo.  

Porém, até o momento, ainda não foram tomadas medidas de prevenção e de segurança para evitar acidentes e naufrágios com as embarcações, no trecho da Boca da Barra, em Itanhaém.

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