Inovação

Adeus, tijolos: nova tecnologia promete aposentar alvenaria tradicional

Tecnologia industrializada reduz custos, encurta prazos e entrega estruturas mais leves e precisas

Agência Diário

Publicado em 12/11/2025 às 10:05

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Tijolo é companhia das primeiras cidades humanas desde cerca de 7000 a.C., quando barro moldado e seco já ergueu casas em lugares como Tell Aswad e Jericó / Pixabay
Tijolo é companhia das primeiras cidades humanas desde cerca de 7000 a.C., quando barro moldado e seco já ergueu casas em lugares como Tell Aswad e Jericó / Pixabay
No Vale do Indo, cidades como Harappa e Mohenjo-daro usavam tijolos cozidos já por volta de 3000 a.C., permitindo redes de drenagem e planejamento urbano avançado / Pixabay
No Vale do Indo, cidades como Harappa e Mohenjo-daro usavam tijolos cozidos já por volta de 3000 a.C., permitindo redes de drenagem e planejamento urbano avançado / Pixabay
Os romanos elevaram o tijolo queimado a técnica de engenharia, desenvolvendo o opus latericium que ajudou a construir aquedutos e monumentos que resistem até hoje / Pixabay
Os romanos elevaram o tijolo queimado a técnica de engenharia, desenvolvendo o opus latericium que ajudou a construir aquedutos e monumentos que resistem até hoje / Pixabay
Com a Revolução Industrial o tijolo deixou de ser ofício artesanal e passou a produção em massa, abastecendo fábricas, fáceis e moradias no século XIX / Pixabay
Com a Revolução Industrial o tijolo deixou de ser ofício artesanal e passou a produção em massa, abastecendo fábricas, fáceis e moradias no século XIX / Pixabay
Hoje o tijolo vive entre tradição e inovação: a queima em fornos é responsável por grande parte do carbono embarcado, enquanto pesquisas e materiais biobased prometem tijolos mais sustentáveis / Pixabay
Hoje o tijolo vive entre tradição e inovação: a queima em fornos é responsável por grande parte do carbono embarcado, enquanto pesquisas e materiais biobased prometem tijolos mais sustentáveis / Pixabay

Inovação promete melhorar velocidade, resistência e qualidade das construções / Reprodução/Youtube

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A adoção dos painéis estruturais de gesso reforçado com fibra de vidro (GFRG), conhecidos comercialmente como Rapidwall, vem crescendo em empreendimentos residenciais e institucionais em países da Ásia e da Oceania.

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O sistema surge como uma alternativa industrializada à tradicional alvenaria de tijolos, com resultados expressivos em tempo, custo e qualidade.

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De acordo com documentos técnicos de órgãos públicos e universidades, o método é capaz de encurtar prazos, reduzir o peso das vedações e otimizar o canteiro de obras, já que utiliza componentes de grande formato produzidos em ambiente fabril.

Centros de pesquisa e entidades de habitação já publicaram diretrizes e aprovações técnicas para o sistema, que conta com obras concluídas e em operação.

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Como funciona o sistema GFRG

O princípio construtivo baseia-se em painéis moldados com gesso de alta pureza, reforçados com fibras de vidro e formados por cavidades longitudinais.

Essas células internas reduzem o peso das peças e podem receber barras de aço e concretagem localizada, quando necessário, para que atuem como elementos estruturais.

Os painéis são montados lado a lado e unidos por graute e conectores, formando paredes, divisórias e até elementos de laje e cobertura.

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A execução de um pavimento completo ocorre em poucas etapas repetitivas, com cortes, aberturas e passagens de instalações já previstas no projeto executivo.

Como a fabricação é industrial, variações típicas da execução artesanal praticamente desaparecem. No canteiro, a montagem se assemelha a uma instalação: os painéis chegam prontos, são içados por grua, ajustados e nivelados antes de receber o graute nas uniões.

Em lajes e coberturas, as peças horizontais recebem reforços e concretagem apenas nas regiões definidas, reduzindo as etapas “molhadas” e o número de frentes de trabalho.

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O vídeo do canal Civil Engineering Guru mostra como funciona o sistema:

Vantagens: tempo, peso e qualidade

Relatórios técnicos atribuem o desempenho do sistema a três fatores principais: formato modular de grande área, menor peso próprio e uso de concreto apenas onde necessário.

Essas características permitem redução significativa no prazo de execução, segundo comparações com a alvenaria convencional.

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Além disso, o acabamento de fábrica elimina retrabalhos de emboço e regularização, especialmente quando o projeto arquitetônico já é pensado para o sistema.

Para projetistas, a adoção exige planejamento típico de métodos industrializados, com paginação detalhada dos painéis, distinção entre elementos portantes e não portantes e definição de reforços e ligações estruturais conforme as diretrizes publicadas.

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Do assentamento artesanal à montagem seriada

No canteiro, a principal mudança é a transição de um processo artesanal para um encadeamento industrial.

Em vez de transportar e assentar tijolos, a equipe recebe painéis pré-fabricados sob medida, que são içados e posicionados de forma sequencial.

Aberturas para portas e janelas são cortadas com serras adequadas, e as instalações elétricas e hidráulicas percorrem as cavidades internas.

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Essa sequência reduz áreas de mistura, entulho e circulação de insumos soltos, favorecendo o controle de qualidade, a limpeza e a segurança do trabalho, segundo engenheiros que acompanham obras com o sistema.

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Materiais, resistência e desempenho

O material base é o gesso de alta pureza, reforçado com fibras e aditivos de controle, resultando em elementos de baixa permeabilidade (quando corretamente revestidos) e bom desempenho ao fogo.

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Ensaios descritos em manuais indicam resistência mecânica, rigidez, isolamento acústico e resposta satisfatória a ações horizontais.

A orientação técnica é concentrar o uso de concreto e aço apenas nas regiões estruturais, como núcleos, vigas e ligações, otimizando recursos sem comprometer a segurança da edificação.

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