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Cientistas acham novo fato sobre Urano e Netuno, e novidade muda para sempre a astrologia

Pesquisa questiona a ideia de que os planetas mais distantes são feitos apenas de gelo

Igor de Paiva

Publicado em 28/12/2025 às 19:40

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Modelos inéditos sugerem uma composição interna bem diferente da esperada / NASA/ESA/CSA/STScI

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Durante muito tempo, Urano e Netuno foram descritos como gigantes de gelo, quase sem contestação. Mas um novo estudo sugere que essa imagem pode estar longe de representar o que realmente acontece em seu interior.

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Pesquisadores apontam que os dois planetas podem ser muito mais rochosos do que se acreditava, o que ajuda a esclarecer características que ainda intrigam a ciência planetária.

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Uma definição que merece revisão

Urano e Netuno sempre ocuparam um lugar à parte na classificação dos planetas. Diferentes de Júpiter e Saturno, eles foram rotulados como gigantes de gelo por conterem grandes volumes de água, metano e outros compostos voláteis.

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Esses materiais, sob pressões extremas, se comportariam como sólidos, justificando o nome. No entanto, pesquisadores da Universidade de Zurique e do centro PlanetS indicam que essa explicação pode ser insuficiente.

Segundo o estudo publicado na revista Astronomy & Astrophysics, os dados sugerem que o interior desses planetas pode conter uma quantidade significativa de rochas, contrariando modelos aceitos há décadas.

Simulações que ampliam o olhar científico

Para chegar a esse resultado, a doutoranda Luca Morf e a professora Ravit Helled desenvolveram um método de simulação que considera uma variedade muito maior de composições internas possíveis.

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Em vez de partir de estruturas dominadas por gelo, os pesquisadores criaram perfis de densidade aleatórios e analisaram o campo gravitacional gerado por cada modelo.

“A classificação de ‘gigante de gelo’ é simplista demais. Os modelos baseados na física partiam de muitas premissas, e os modelos empíricos eram muito simples”, afirmou Morf ao portal húngaro Portfolio.

“Combinamos as duas abordagens para obter modelos estruturais internos imparciais, porém fisicamente consistentes”, completou.

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Pistas sobre processos internos ativos

Outro ponto relevante do estudo é a possibilidade de convecção no interior de Urano e Netuno, um processo semelhante ao que ocorre no interior da Terra.

Esse movimento interno de material pode ajudar a explicar fenômenos ainda pouco compreendidos, como os campos magnéticos irregulares dos planetas e sua distribuição de energia.

Embora o modelo apresente limitações, os pesquisadores destacam que ele abre caminho para novas interpretações sobre a formação e a evolução desses corpos celestes.

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Mundos distantes ainda pouco explorados

Entre todos os planetas do Sistema Solar, Urano e Netuno estão entre os menos estudados de perto. Apenas a Voyager 2 realizou sobrevoos, em 1986 e 1989.

Desde então, grande parte do conhecimento disponível vem de observações indiretas e simulações computacionais.

Por isso, o estudo reforça a importância de futuras missões espaciais, que podem finalmente revelar o que realmente existe sob as camadas externas desses planetas.

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