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A última elefanta em cativeiro na Argentina chega ao Brasil e encontra novo lar

A elefanta Kenya foi acolhida pelo Santuário Brasileiro de Elefantes (SEB), localizado no estado do Mato Grosso

Fábio Rocha

Publicado em 11/07/2025 às 10:01

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Kenya vivia no Ecoparque de Mendoza, na Argentina / SEB

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A última elefanta mantida em cativeiro na Argentina chegou ao Brasil nesta terça-feira (09), encerrando um ciclo de mais de quatro décadas de confinamento. 

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A elefanta Kenya, de 44 anos, foi acolhida pelo Santuário Brasileiro de Elefantes (SEB), localizado no estado do Mato Grosso, onde agora poderá viver em um ambiente mais próximo do natural. A operação marca um importante passo na luta pelo bem-estar animal na América do Sul.

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Kenya vivia no Ecoparque de Mendoza, na Argentina. Natural do continente africano, foi separada de sua mãe antes de completar cinco anos de idade. 

Ela chegou à província de Mendoza vinda de um zoológico alemão aos quatro anos e, por ser considerada agressiva, passou a maior parte da vida isolada em uma ala restrita do antigo zoológico, que funcionava desde 1903 e, posteriormente, foi transformado em um parque de conservação da fauna e flora da região de Cuyo.

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A transferência de Kenya para o Brasil foi resultado de um processo iniciado há sete anos. A complexa operação envolveu treinamentos graduais para exames veterinários e para que a elefanta se habituasse ao contêiner de transporte. 

Ela permaneceu por cinco dias no equipamento que a trouxe em segurança até o SEB. O percurso total foi de mais de 3.600 quilômetros, passando pela Passagem Internacional Puerto Iguazú-Foz do Iguaçu.

Durante a travessia da fronteira, os caminhões tiveram que descartar a ração argentina que acompanhava a viagem, em conformidade com as normas sanitárias brasileiras. 

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O reabastecimento foi feito com frutas e vegetais frescos para garantir a nutrição de Kenya durante a parte final da viagem. 

O contêiner estava equipado com câmeras internas, permitindo que os tratadores acompanhassem seu comportamento durante todo o trajeto.

Segundo Daniel Moura, biólogo e diretor do SEB, Kenya passará por um período de quarentena e observação para se adaptar ao novo habitat. O santuário planeja, em breve, integrá-la ao convívio com Pupy, outra elefanta africana que também veio da Argentina, em abril deste ano. 

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A expectativa é que ambas possam compartilhar o espaço com tranquilidade e formar laços, o que não era possível nos antigos ambientes de cativeiro.

Fundado em 2015, o Santuário Brasileiro de Elefantes conta com mais de 1.500 hectares de área cercada por vegetação nativa, oferecendo liberdade e cuidados contínuos para elefantes resgatados de zoológicos e circos. 

O local foi projetado para respeitar o ritmo e as necessidades dos animais, priorizando o bem-estar físico e emocional de cada hóspede.

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