Em alguns trechos, a praia chega a ter 200 metros de largura, criando uma paisagem que parece infinita. / Reprodução
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Localizada no Rio Grande do Sul, a Praia do Cassino é reconhecida desde 1994 pelo Guinness World Records como a maior praia do mundo. São impressionantes 254 quilômetros de faixa de areia contínua, que se estendem do balneário do Cassino, em Rio Grande, até o Chuí, já na divisa com o Uruguai
Em alguns trechos, a praia chega a ter 200 metros de largura, criando uma paisagem que parece infinita.
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Cruzar toda a extensão da praia a pé não é tarefa fácil. O percurso exige resistência, já que fatores como areia fofa, vento forte e sol escaldante dificultam a caminhada.
Uma pessoa percorre, em média, 4 km por hora nesse tipo de terreno. Mantendo esse ritmo, seriam necessárias cerca de 63 horas ininterruptas para atravessar toda a praia, o equivalente a oito dias de caminhada, considerando jornadas diárias de 8 horas.
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Na prática, no entanto, o tempo pode ser ainda maior por causa de pausas, cansaço, calor intenso e maré alta. Em alguns casos, a travessia completa pode levar dez a doze dias.
Boa parte da Praia do Cassino é quase desabitada. Não há quiosques, hotéis ou sinal de celular em grande parte do caminho. O silêncio domina a paisagem, quebrado apenas pelo som das ondas e do vento do Atlântico.
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Mesmo com esse isolamento, a praia abriga uma rica vida natural: dunas, aves migratórias, lobos e leões-marinhos são frequentemente vistos ao longo do trajeto.
O início da travessia costuma ser pelos Molhes da Barra, uma imensa estrutura de pedras que avança 4,3 km mar adentro, facilitando a entrada de navios na Lagoa dos Patos. Visitantes podem passear pelo local em vagonetas movidas à vela, que deslizam sobre trilhos até o farol no fim do molhe.
Outro ponto marcante da paisagem é o navio Altair, um cargueiro encalhado em 1976 que hoje virou ponto turístico. Ao longo do percurso, as dunas costeiras formam um cordão natural fixado pela vegetação, onde florescem margaridas durante a primavera.
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A cidade-base para explorar a Praia do Cassino é Rio Grande, a mais antiga do estado. Fundada em 1737, abriga atrações como o Monumento a Iemanjá, obra do escultor Érico Gobbi, que recebe romarias no início de fevereiro.
Para os mais aventureiros, existe a Trilha Cassino–Barra do Chuí, considerada uma das mais difíceis do Brasil. Essa travessia integra a Trilha Nacional do Oiapoque ao Chuí e passa por áreas preservadas como a Estação Ecológica do Taim.
Sem pousadas, eletricidade ou pontos de apoio, a caminhada é um verdadeiro teste de resistência — e uma das experiências mais selvagens do litoral brasileiro.
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