Segundo a padaria eles assam até 16 mil pãezinhos por dia / Imagem ilustrativa / Imagem gerada por IA/DL
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Na Vila Prudente, na Zona Leste de São Paulo, existe uma padaria que parece mais um centro gastronômico. Quem entra na Cepam entende rápido por que ela ganhou fama de ser a maior padaria do Brasil – e, segundo muita gente, da América Latina. São salões enormes, prateleiras que não acabam, gente entrando e saindo o tempo todo e aquele cheiro de pão recém-saído do forno que domina o quarteirão inteiro.
Fundada no fim dos anos 1960, a casa cresceu junto com o bairro. Hoje, são cerca de 2,5 mil metros quadrados de operação e um salão que recebe centenas de pessoas ao mesmo tempo. Nos horários de pico, a sensação é de “shopping da padoca”: famílias inteiras tomando café, gente almoçando, casal dividindo uma sobremesa, trabalhadores fazendo o lanche rápido de fim de expediente. Em um fim de semana movimentado, passam por ali milhares de clientes.
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O carro-chefe continua sendo o pão francês, produzido em escala industrial, mas com receita de padaria de bairro. Estimativas da própria casa falam em algo na casa dos 16 mil pãezinhos por dia, abastecendo balcão, sanduicheiras e cestas de café da manhã. Ao redor deles, gira um universo com milhares de itens: pães especiais, baguetes recheadas, pão de queijo, bolos de todos os tamanhos, tortas, carolinas de doce de leite, docinhos de festa, salgados de vitrine e uma seção de confeitaria que parece saída de vitrine de shopping.
A Cepam também virou destino para quem quer fazer uma refeição completa. Há buffet de café cobrado por quilo, pratos quentes, grelhados, massas, pizzas e até opções para quem aparece ali em horários “impróprios” – como aquele almoço às 16h ou um lanche reforçado depois das 22h. Não à toa, a padaria acabou se tornando ponto de encontro da região: é lugar para reunião de família, comemoração de aniversário improvisada, pit stop de quem sai da estrada e até encontro de torcedores em dia de jogo.
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Nos bastidores, a operação é digna de indústria. São centenas de funcionários trabalhando em padaria, confeitaria, cozinha quente, atendimento, logística, limpeza e administração. Além de atender o salão e o balcão, a cepam também produz panetones, ovos de Páscoa e pães para outras marcas e empresas, o que ajuda a explicar o volume impressionante de produção diária. Mesmo assim, a casa cultiva o discurso de tradição: a receita do pão francês, dizem, é a mesma desde a abertura, e muita gente da vizinhança cresceu comprando ali o pão do café da manhã.
O tamanho e a fidelidade do público renderam à Cepam uma série de prêmios e menções em rankings de gastronomia paulistana, incluindo a eleição como uma das padarias mais queridas da cidade. Em 2024, a empresa chegou a pedir recuperação judicial por causa de dívidas acumuladas, mas manteve a operação aberta e lotada, reforçando a imagem de “instituição da Zona Leste” que atravessa crises, modas e gerações.
*Com informações do Estadão, Veja São Paulo e Exame
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