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O pulmão de um ex-fumante pode ficar saudável? Drauzio Varella explica

O organismo inteiro beneficia, mas são os pulmões, diretamente impactados por cada cigarro, os primeiros a sentir o alívio

Agência Diário

Publicado em 04/08/2025 às 09:15

Atualizado em 04/08/2025 às 09:29

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Descubra como o seu corpo se renova ao largar o cigarro e respire melhor / Foto: Reprodução/YouTube

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Parar de fumar é uma das melhores decisões que alguém pode tomar pela saúde. O organismo inteiro beneficia, mas são os pulmões, diretamente impactados por cada cigarro, os primeiros a sentir o alívio imediato do fim desse vício.

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Contudo, a grande questão é: o pulmão de um ex-fumante pode mesmo se regenerar? A boa notícia é que sim, este órgão resiliente começa a sua jornada de cura em questão de dias, e a recuperação é um processo gradual e surpreendente.

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No entanto, a extensão da regeneração depende muito do tempo de tabagismo e do grau das lesões já existentes. Quanto mais tempo a pessoa fumou, mais desafiador pode ser o caminho para a recuperação total.

Quer parar de fumar? Veja como participar de programa promovido pela cidade de Santos.

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O alívio é quase imediato

Fumar é um gatilho tão forte para o corpo que a sua suspensão traz benefícios notáveis e rápidos para os pulmões. Dois dias após parar, o corpo fica completamente livre de nicotina e monóxido de carbono.

Além disso, os nervos responsáveis pelo olfato e paladar se reativam, tornando a comida mais saborosa, por exemplo.

Pouco tempo depois, novas melhorias surgem: em um estudo publicado há alguns anos na revista médica "Respirology", especialistas já notavam que 15 dias depois de cessado o tabagismo, os cílios e flagelos recuperavam as suas funções.

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As primeiras grandes mudanças

Esta recuperação inicial explica, por exemplo, que boa parte dos ex-fumantes para de tossir e de sentir pigarro logo nos primeiros dias. Após uma semana sem fumar, o pulmão irritado já consegue diminuir o número de células produtoras de muco, desobstruindo a passagem do ar e regulando a produção de saliva.

Com aproximadamente três meses sem tabaco, os seios da face estarão mais limpos e respirar torna-se visivelmente mais fácil. Este período, no entanto, é crucial, pois é quando algumas pessoas desistem e outras conseguem manter-se firmes.

A longo prazo: uma saúde renovada

Para aqueles que persistem, os benefícios são ainda maiores. Com um ano sem cigarro, o risco de ter uma doença cardíaca já reduz bastante. Outra excelente notícia: após cinco anos, a probabilidade de sofrer um derrame é tão baixa quanto a de um não-fumante.

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Somente após mais de uma década do último cigarro, ou seja, entre 10 a 15 anos, é que a saúde de um ex-fumante pode ser comparada à de uma pessoa que nunca fumou.

Veja também que o hábito de fumar abrange 10% dos adultos nas capitais e volta a crescer entre jovens.

E os danos irreversíveis?

Apesar da incrível capacidade de recuperação dos pulmões, existem situações em que a recuperação total não é possível. Em casos mais graves, os pulmões não conseguem se recuperar totalmente. O enfisema, que é a destruição dos alvéolos, é irreversível, por exemplo.

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Além disso, o cigarro pode induzir o aparecimento de cancro no pulmão, bexiga, boca, esófago, estômago e outros tipos, até 10 a 15 anos depois que uma pessoa parou de fumar.

O hábito de fumar paralisa e, com o tempo, destrói parte das mucosas dos pulmões – cruciais na proteção do sistema respiratório, pois retêm irritantes e ajudam a eliminar partículas estranhas, como poeira, bactérias e vírus – e aumenta a probabilidade de infeção, levando a problemas mais comuns como o desenvolvimento de bronquite e bronquiolite.

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