A escola é o lugar onde damos nossos primeiros passos no conhecimento. / Freepik
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A escola é o lugar onde damos nossos primeiros passos no conhecimento. Mas, às vezes, o que aprendemos por lá não é 100% exato, seja porque a ciência evoluiu, seja por simplificações didáticas.
Algumas dessas “meias verdades” continuam sendo passadas adiante por gerações.
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Quem estudou nos anos 90 ou 2000 provavelmente aprendeu que Plutão era o nono planeta do sistema solar. Mas em 2006, a União Astronômica Internacional reclassificou Plutão como “planeta anão”.
Isso aconteceu porque ele não preenche todos os critérios para ser considerado um planeta “oficial”, como limpar sua órbita de outros corpos celestes.
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Você também boceja quando vê alguém fazendo isso? Ciência revela o motivo disso
Atualização científica: Hoje sabemos que há dezenas de planetas anões como Plutão. A visão do sistema solar mudou: ele é muito mais complexo do que a tradicional fileira de nove planetas.
Visão, audição, tato, paladar e olfato: os famosos cinco sentidos de Aristóteles. Mas a neurociência já sabe que temos muito mais que isso.
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Propriocepção: sentido de posição e movimento do corpo.
No total, especialistas falam em mais de 10 sentidos. Os livros didáticos, no entanto, seguem presos ao número cinco.
Na escola, aprendemos que a água entra em ebulição a 100°C. Mas isso só é verdade ao nível do mar. Em altitudes mais elevadas, a pressão atmosférica é menor, e a água ferve a temperaturas mais baixas.
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Exemplo: Em cidades como La Paz (Bolívia), a água pode ferver por volta dos 88°C. Isso muda o tempo de cozimento dos alimentos, por exemplo.
Esse modelo é uma boa simplificação, mas não conta toda a história. O interior da Terra é dividido em mais camadas com características físicas e químicas distintas, como a litosfera e a astenosfera, que influenciam fenômenos como terremotos e a deriva continental.
Muita gente aponta o lado esquerdo do peito quando fala do coração. Mas o coração fica centralizado no tórax, com uma leve inclinação para a esquerda. A ideia de que está “do lado esquerdo” é uma simplificação comum.
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Curiosidade: Algumas poucas pessoas nascem com os órgãos invertidos (condição chamada de situs inversus), e o coração pode bater do lado direito!
A ideia de que o sangue é azul até entrar em contato com o ar é falsa. O sangue sempre é vermelho, mesmo dentro do corpo. O tom varia: mais escuro quando pobre em oxigênio (venoso) e mais claro quando rico em oxigênio (arterial).
De onde veio isso? Provavelmente da aparência azulada das veias sob a pele, causada pela forma como a luz atravessa os tecidos.
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Você já viu aquele mapa da língua que diz que sentimos doce na ponta, amargo no fundo, e salgado nas laterais? Pois é: está errado. Todas as áreas da língua têm receptores para todos os sabores.
Atualização: Além dos quatro sabores clássicos (doce, salgado, amargo e azedo), hoje se reconhece o umami, presente em alimentos como tomates, queijos e cogumelos.
A maioria dessas ideias simplificadas tem um motivo pedagógico: facilitar o aprendizado em fases iniciais. O problema é quando essas versões simplificadas nunca são revisitadas, mesmo quando a ciência já avançou muito.
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Por isso, vale sempre a pena manter a mente aberta e continuar aprendendo, mesmo depois da escola.