Há muitas vacas na cidade que, indiretamente, fazem as leis de trânsito do lugar / Imagem gerada por IA/DL
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Em uma pequena cidade do interior do Brasil, a prioridade no trânsito não é dos pedestres, nem dos carros, muito menos das bicicletas. Quem dita o ritmo das ruas são as vacas — e todos já aprenderam a conviver com essa realidade peculiar. Em Vila da Glória, distrito de São Francisco do Sul, em Santa Catarina, é comum ver motoristas reduzindo a velocidade ou até parando completamente para que os animais atravessem calmamente as vias.
As vacas estão tão presentes no cotidiano local que até a prefeitura já reforçou campanhas pedindo paciência e cuidado aos veículos que circulam na região. Como grande parte da economia e dos hábitos de vida dos moradores está ligada à pecuária e à agricultura, a convivência entre humanos e gado é natural. Para muitos, elas são quase cidadãs do lugar.
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O motivo por trás dessa prioridade curiosa é simples: boa parte do território de Vila da Glória é rural, com extensas áreas de pasto que não são cercadas. Assim, os animais circulam livremente pelas estradas, especialmente durante o dia, quando vão em busca de alimento ou sombra. O tráfego costuma ser leve, mas, ainda assim, as autoridades reforçam que a responsabilidade é dos condutores.
Nos últimos anos, o comportamento das vacas virou assunto de turistas que visitam a região. Viajar até lá e encontrar uma manada passeando tranquilamente pelas ruas rende registros engraçados e histórias únicas. Há quem diga que essa convivência pacífica é, inclusive, um charme adicional para quem quer fugir da correria das grandes cidades.
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Apesar de parecer inusitado para quem não conhece o distrito, os moradores lidam com o cenário com naturalidade. Para eles, as vacas representam sustento, tradição e parte da cultura local. “Aqui todo mundo cresce sabendo que elas chegam primeiro”, brinca um dos moradores, que garante: respeitar os animais é tão importante quanto respeitar qualquer cidadão.
Não há lei ou decretos oficiais de que as vacas têm prioridade no trânsito da cidade, apenas o bom senso de que elas são muitas e, assim, respeitá-las faz parte de uma boa prática de convivência, sem acidentes.
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