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6 palavras comuns em português que não significam o que você pensa

Ao longo dos séculos, o português, como todo idioma vivo, evoluiu, transformando o significado de muitas palavra

Isabella Fernandes

Publicado em 15/10/2025 às 11:15

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Você já parou para pensar que palavras comuns do seu vocabulário podem não significar exatamente o que você sempre imaginou? / Freepik

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Você já parou para pensar que palavras comuns do seu vocabulário podem não significar exatamente o que você sempre imaginou? Termos triviais como “testa”, “escapar” ou “curtir” escondem histórias curiosas e origens surpreendentes.

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Ao longo dos séculos, o português, como todo idioma vivo, evoluiu, transformando o significado de muitas palavras. Algumas mantiveram raízes antigas, outras se adaptaram a novos contextos e tecnologias.

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Veja abaixo seis exemplos de palavras que você provavelmente usa “errado”.

1. Escapar: muito além da fuga

Hoje, “escapar” significa simplesmente fugir ou se livrar de algo. Mas sua origem é bastante literal: vem da expressão “livrar-se da capa”. Isso porque, na tentativa de fugir de alguém, era comum abandonar a capa que dificultava a movimentação. Assim, o gesto de deixar a capa para trás deu origem ao sentido atual da palavra.

2. Vândalo: de povo germânico a destruidor urbano

Chamar alguém de “vândalo” hoje é acusá-lo de destruição de patrimônio. Mas, originalmente, Vândalos eram um povo germânico que invadiu o Império Romano no século V. A associação com depredação veio depois, pela fama histórica — talvez exagerada — de destruição atribuída a esse grupo.

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3. Oportuno: um vento a favor (literalmente)

Quando algo é oportuno, é porque veio no momento certo, certo? Sim, mas o termo tem raízes náuticas. No latim opportunus, designava ventos ou correntes que levavam o navio até o porto (ob portum). Com o tempo, passou a representar qualquer situação favorável.

4. Testa: da telha ao rosto

Sabemos que a testa é a parte frontal da cabeça. Mas no passado, a palavra era usada para designar telhas ou vasos de barro. A mudança se deu por analogia: tanto a telha quanto a testa ocupam o “topo” — de uma casa ou do corpo.

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5. De meia-tigela: expressão nascida da fome

Dizer que algo é “de meia-tigela” é desdenhar da sua qualidade ou valor. Mas a origem está nas cortes monárquicas, onde a quantidade de comida servida indicava o status social. Os menos importantes recebiam apenas meia tigela, e assim a expressão virou sinônimo de algo modesto ou inferior.

6. Curtir: do couro ao like

Atualmente, curtimos fotos, vídeos e posts nas redes sociais. Mas antes do universo digital, “curtir” era associado ao processo de tratamento do couro, ou ao ato de aproveitar algo, no sentido de desfrutar. O uso moderno, ligado a “dar like”, só surgiu com a popularização das plataformas digitais.

O idioma está sempre mudando

Esses exemplos mostram como o português evolui com o tempo e com o contexto em que é falado. A língua é dinâmica, reflete culturas, práticas e transformações sociais.

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Por isso, entender a origem das palavras que usamos todos os dias pode ser não só curioso, mas também enriquecedor.

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