Até hoje cientistas buscam explicação para o sinal / Reprodução/Freepik
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Em agosto de 1977, um evento chocou um astrônomo da Universidade Estadual de Ohio, nos Estados Unidos. O acontecimento deixa cientistas intrigados até hoje.
O astrônomo Jerry Ehman registrou que um radiotelescópio captou um sinal incomum vindo do espaço, que durou um pouco mais de um minuto. O fenômeno ficou conhecido como sinal "WOW", um apelido dado por Ehman, que escreveu a exclamação ao lado dos dados impressos.
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Quase cinco décadas depois, a origem daquele breve e poderoso sinal ainda é desconhecida.
Um professor e astrônomo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) conta que a emissão foi captada na direção da constelação de Sagitário e apresentava uma intensidade atípica para sinais naturais.
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O pesquisador afirma que essa região do céu já foi investigada diversas vezes em busca de fontes, mas não obtiveram sucesso.
Uma das razões para o interesse duradouro no caso é que sinais de rádio, como o captado, conseguem atravessar grandes distâncias no espaço sem perder força.
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Isso abre espaço para teorias mais ousadas — como a possibilidade de que o sinal tenha vindo de fora da Via Láctea.
Na década de 1970, o debate sobre vida extraterrestre ganhava força também no meio acadêmico. Nesse cenário, não demorou para surgir a hipótese de que o sinal “WOW” pudesse ter sido gerado por uma civilização inteligente.
O professor reconhece que a ideia não pode ser completamente descartada, que probabilidade é incerta, mas existe e é algo que continua sendo considerado.
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Desde então, o sinal nunca mais foi detectado, o que complica qualquer tentativa de explicação. Ele pode ter sido provocado por um fenômeno periódico e muito raro — como a passagem de um cometa de ciclo longo — ou por algo completamente único, que jamais irá se repetir.
O caso é um lembrete de que ainda sabemos pouco sobre o universo — e, talvez, ainda menos sobre os limites das nossas próprias ferramentas.
Mesmo sendo um mistério ainda, o sinal “WOW” demonstra como a curiosidade é que o move a ciência e impulsiona pesquisadores a continuarem a pesquisando e tentando compreender o que está além do nosso conhecimento.
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Hoje, a radioastronomia continua sendo uma das frentes mais promissoras na busca por sinais de vida inteligente fora da Terra. Mas, além dela, existe também as análises de atmosferas de exoplanetas e a busca por emissões em infravermelho como caminhos possíveis — inclusive para encontrar formas de vida mais simples.
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Enquanto novas tecnologias avançam, o sinal captado em 1977 continua ecoando como um dos maiores enigmas da astronomia — um lembrete de que, no espaço, há muito mais perguntas do que respostas. “A verdade está lá fora", como diz a série Arquivo X.
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