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Esse comportamento curioso é resultado de um longo processo evolutivo. Cada espécie desenvolveu adaptações próprias para que essa prática seja bem-sucedida
Aves parasitas são conhecidas por colocar seus ovos em outros ninhos / Freepik
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As aves que colocam ovos em ninhos de outras aves chamam a atenção por sua estratégia engenhosa de reprodução.
Em vez de gastar energia construindo ninhos e cuidando de seus próprios filhotes, elas utilizam os ninhos de espécies hospedeiras, transferindo a responsabilidade do cuidado parental.
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Esse comportamento curioso é resultado de um longo processo evolutivo destes animais. Cada espécie desenvolveu adaptações próprias para que essa prática seja bem-sucedida.
Algumas apostam na camuflagem dos ovos, outras recorrem a comportamentos agressivos após a eclosão, enquanto algumas se destacam por estratégias mais discretas. Isso cria uma verdadeira corrida de sobrevivência entre hospedeiros e “invasores”.
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Conheça também um pássaro nativo de uma área de guerra que encontrou refúgio no litoral de SP e no Brasil.
O pássaro-indigo vive em regiões da África e utiliza os ninhos de bengalinhas como abrigo para seus ovos.
O mais interessante é que essa ave não destrói os ovos do hospedeiro: apenas acrescenta os seus, aproveitando o cuidado dos pais adotivos. Essa técnica funciona porque seus ovos imitam os originais.
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Além disso, os filhotes apresentam uma impressionante capacidade de imitar os sons e os pedidos de comida dos filhotes hospedeiros. Essa habilidade garante que recebam alimento sem levantar suspeitas, permitindo que cresçam de forma segura.
O cuco é famoso por seu comportamento de depositar ovos em ninhos alheios, sendo encontrado em diversas regiões do mundo. Ele costuma escolher ninhos de aves como rouxinóis e piscos, onde seus ovos ficam bem camuflados.
O momento em que a fêmea coloca o ovo é cuidadosamente calculado para não chamar atenção.
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Quando o filhote nasce, revela uma natureza agressiva: expulsa os ovos ou filhotes do hospedeiro do ninho, garantindo que seja o único a receber comida.
Essa crueldade é um dos exemplos mais extremos de como a sobrevivência pode moldar o comportamento animal.
O indicador tem um comportamento duplo: enquanto coopera com humanos para indicar colmeias de abelhas, também é conhecido por colocar ovos em ninhos de outras aves. Ele espalha seus ovos em diferentes ninhos, reduzindo o risco de perda total.
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Após a eclosão, seus filhotes muitas vezes atacam os ovos ou pintinhos do hospedeiro com o bico afiado, assegurando que todo o cuidado parental seja dedicado apenas a eles.
Essa tática aumenta sua sobrevivência, ainda que traga consequências fatais para os hospedeiros.
O pato-de-cabeça-preta, presente na América do Sul, tem um modo mais pacífico de adotar essa estratégia. Ele utiliza ninhos de outras aves aquáticas, mas não remove os ovos já postos. O resultado é um ninho compartilhado.
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Os filhotes do pato-de-cabeça-preta são independentes pouco tempo depois do nascimento, o que diminui a sobrecarga sobre os pais adotivos.
Assim, diferentemente de outras aves, essa espécie consegue se beneficiar do cuidado alheio sem destruir completamente a prole hospedeira.
O chupim é muito conhecido no Brasil por colocar seus ovos em ninhos de tico-ticos e outras aves pequenas. Esse comportamento causa sérios problemas para os hospedeiros, que acabam criando um filhote que não é seu.
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Os filhotes do chupim crescem rapidamente e exigem grande quantidade de alimento, o que faz com que os verdadeiros filhotes do hospedeiro sejam prejudicados. Assim, o chupim assegura sua sobrevivência explorando a dedicação de outras aves.