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Cultura

Representante do metal na região, Shadowside comemora grande momento

Dani Nolden foi escolhida a melhor vocalista feminina durante dois anos consecutivos e conversou com a reportagem do Diário do Litoral

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 24/01/2014 às 16:22

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O cenário do rock sempre foi muito forte na Baixada Santista. E a banda Shadowside é o principal representante do heavy metal da nossa região. Com uma ascensão meteórica e uma carreira sólida, 2013 foi um ano que definitivamente ficou marcado na carreira de Dani Nolden (vocalista), Fabio Buitividas (bateria), Raphael Mattos (guitarra) e Fabio Carito (baixo).

Após uma longa e bem-sucedida turnê europeia, várias apresentações pelo Brasil e o sucesso de vendas do álbum “Inner Monster Out” na América do Norte, Europa, Japão e China, o quarteto ficou em evidencia e conquistou um fato até então inédito: ter seus integrantes indicados em todas as categorias as quais poderia participar, na votação que elege os melhores artistas de 2013, segundo os internautas do Whiplash!, maior portal de rock da América Latina. Para votar, basta clicar aqui e confirmar o voto por e-mail. A votação vai até 30 de Janeiro.

Dani Nolden, que foi escolhida a melhor vocalista feminina durante dois anos consecutivos, conversou com a reportagem do Diário do Litoral justamente para analisar este grande momento do grupo, além de enaltecer o apoio dos fãs e declara que existe muita competição entre as bandas.

Dani Nolden analisa grande momento da Shadowside (Foto: Irisbel Mello)

Dani, o Shadowside conseguiu um feito importante. Pela primeira vez, todos os integrantes da banda foram indicados aos melhores artistas de 2013. Como você vê este feito e a que se deve ou credita esta importante posição?

Dani Nolden:
Vejo isso como uma conquista do nosso espaço, um sinal de que estamos no melhor momento da nossa carreira. Nunca buscamos conquistas individuais, sempre acreditamos cegamente, que isso aconteceria naturalmente caso fizéssemos um bom trabalho, caso sempre buscássemos o melhor como banda, tanto nos álbuns quanto no palco. Nunca procuramos impor ao público nossos talentos individuais... mas eles nos colocaram entre os melhores artistas de 2013, tanto como banda Shadowside quanto em cada instrumento. É um reconhecimento maravilhoso do público, sem que precisássemos enfiar goela abaixo deles que sabemos tocar. Apenas fizemos nosso melhor e todos estamos felizes que o público pensa em todos nós dessa forma.

Os fãs sempre foram muito importantes na carreira do Shadowside. Muitos dos prêmios os quais vocês conquistaram, se deve ao apoio dos fãs. Como você analisa este fato?

Dani Nolden:
Provavelmente ao fato de que estamos sempre em contato com nossos fãs, que tornamos cada um deles parte essencial da carreira da banda. Sempre deixamos claro como eles são importantes pra nós e sempre fizemos questão de nunca mudar com eles. Tratamos os fãs hoje da mesma forma como os tratávamos quando estávamos começando e fazemos questão de falar com todo mundo que quer falar conosco após um show. Às vezes são centenas de pessoas... em Manaus, ficamos aproximadamente duas horas pra conseguir atender a todas as pessoas que estavam na fila pra tirar uma foto, mas ficamos até o final, não fomos embora para o hotel enquanto a última pessoa da fila não foi atendida... e é assim em todos os shows, seja no Brasil, na Europa ou nos Estados Unidos. E não é pra puxar o saco dos fãs, é porque realmente somos gratos. Dá pra sentir quando algo é falso e tenho certeza que as pessoas sentem que realmente gostamos de conversar com elas. Fico feliz quando cada um deles se sente parte da banda, pois é o que são.

Por falar nisso, você foi eleita por dois anos consecutivos a melhor vocalista feminina do rock nacional e concorrido neste quesito desde 2006, quando foi lançado o álbum “Theatre of Shadows”. Está confiante que agora, com o respaldo da importante turnê com o Helloween na Europa, você se mantenha neste posto?

Dani Nolden: Esse não pode ser considerado um resultado automático. Não basta fazer uma turnê e achar que o trabalho está feito. O trabalho de uma banda é constante e, ao mesmo tempo que, eu e os outros integrantes da Shadowside estamos trabalhando, as outras bandas também estão. Ter vencido por dois anos consecutivos não significa que eu seja a melhor, nem tira o mérito das outras vocalistas, só significa que naquele momento, talvez, eu estava em maior evidência... Esses concursos de “Melhores do Ano” são interessantes para termos um termômetro da opinião do público, se estamos atingindo bons resultados... são concursos de popularidade. Acredito que estamos em um ótimo momento agora e ter chegado até a fase final como uma das melhores cantoras de rock do Brasil junto com todos os meninos da banda e a própria banda, pra mim, já é um resultado e tanto. Se vencermos em qualquer categoria, se eu for escolhida pelo terceiro ano consecutivo é claro que ficarei muito feliz, vou comemorar e atribuir isso mais uma vez ao apoio fantástico dos fãs. Porém, já considero o que conquistamos como algo excelente, que mostra que estamos no caminho certo desde o lançamento do álbum “Inner Monster Out”.

 

O Shadowside concorreu no quesito “Melhor Show Nacional” em uma outra votação. Você pensa que o volume de shows que a banda teve pelo Brasil fez com que isso ocorresse ou foi a grande repercussão do show de São Paulo, depois também do excelente feedback criado em cima da turnê pela Europa, que os credenciou neste quesito?

Dani Nolden:
Acredito que todos os shows que fizemos pelo Brasil contou um pouco para isso, porque sempre nos doamos muito em cima do palco. Nossos shows são sempre cheios de energia, nos divertimos no palco, interagimos com o público, chamamos a galera pra cantar junto, tentamos sempre fazer o máximo em cada show, então acho que os fãs sempre vão pra casa felizes... claro que a turnê na Europa nos deixou ainda mais experientes, toda vez que fazemos uma turnê longa voltamos mais maduros, mas acredito que o ponto mais forte do nosso show seja essa intensidade que colocamos em cada apresentação. Nunca fazemos um show pela metade. Se vamos subir no palco, vamos sair cansados! (risos)

A cena do rock e do heavy metal na Baixada Santista sempre foi muito forte. Porém, nos últimos anos, apenas o Shadowside tem sustentado a bandeira do heavy metal e o Aliados a do pop. A que se deve esta crise?

Dani Nolden:
Eu não vejo onde temos uma crise... música tem seus momentos, às vezes, aparece uma banda do nada de um local onde ninguém espera. Acho que o momento da cena pode ser comparado ao processo de composição de uma música... você não pode forçar. Ter uma banda de forma ativa, lançando álbuns e fazendo turnês não é fácil, então é natural que muita gente desista no meio do caminho. Mas nós sempre fomos bem teimosos (risos). Sempre fomos decididos que manteríamos a banda viva, independente das dificuldades que aparecessem no nosso caminho e acredite... não foram poucas! Junte as dificuldades naturais aos locais para shows se tornando cada vez mais escassos na Baixada Santista... fica extremamente complicado para as bandas novas. Nós começamos em uma época onde tínhamos mais espaço para tocar e hoje, por termos um público certo em todos os shows, não temos tanta dificuldade pra encontrar um lugar alternativo pra tocar quando é hora de tocar em Santos... mas como fica uma banda que está começando e ainda tem que conquistar seu público? Tem pouco espaço pra rock e heavy metal. Ninguém ajuda ninguém também. A galera compete demais...

Quais são os projetos do Shadowside para 2014? Alguma novidade?

Dani Nolden:
Estamos trabalhando em material novo, porém continuaremos na estrada, compondo nos intervalos dos shows. Acredito que até o meio do ano teremos bastante coisa feita e estaremos prontos pra marcar a gravação. Não sei ainda o que virá, mas com certeza será pesado!

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