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Cubatão

Cubanos deixam Programa Mais Médicos em Cubatão

De acordo com nota da Administração Municipal, “os atendimentos estão sendo realizados normalmente devido ao remanejamento de outros profissionais”

Bárbara Farias

Publicado em 22/11/2018 às 20:32

Atualizado em 22/11/2018 às 20:52

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Na última quarta-feira (21), 73 médicos cubanos haviam sido dispensados do Programa Mais Médicos em seis cidades da Baixada Santista / Divulgação/PMS

Os cinco médicos cubanos que estavam em Cubatão pelo programa Mais Médicos não atuam mais desde essa quinta-feira (22). A informação é da Prefeitura. Eles atuam no Programa Saúde da Família nos bairros Vila dos Pescadores, Água Fria, Vila Esperança (2), Cota 95, Ilha Caraguatá e Jardim Nova República.

De acordo com nota da Administração Municipal, “os atendimentos estão sendo realizados normalmente devido ao remanejamento de outros profissionais”.

A Prefeitura explica ainda na nota que “administrativamente, não há diferença entre o trabalho dos médicos do programa e o trabalho dos médicos da rede municipal, com a mesma carga horária e atendendo o fluxo de pacientes de cada unidade de Saúde”.

O Ministério da Saúde prorrogou para o dia 7 de dezembro o prazo de inscrição de profissionais brasileiros e estrangeiros com registro no Brasil que queiram participar da nova seleção do Programa Mais Médicos. Cinco vagas são destinadas para Cubatão.

Segundo a pasta, a medida foi tomada devido à instabilidade no site do programa causada por ataques cibernéticos, que foram identificadas desde o primeiro dia de inscrição. O prazo para as inscrições terminaria no próximo domingo (25).

73 profissionais dispensados na quarta-feira

Setenta e três médicos cubanos deixaram de atuar no Programa Mais Médicos, do Ministério da Saúde, na Baixada Santista, na última quarta-feira (21), em razão do fim do acordo entre Brasil e Cuba. Para suprir as vagas e não prejudicar o atendimento à população na rede pública, as secretarias municipais de Saúde estão remanejando profissionais.      

Guarujá

“Devido à ausência de 29 médicos cubanos já a partir desta quarta-feira (21) em Guarujá, a Prefeitura está remanejando profissionais dentro das próprias Unidades de Saúde da Família (Usafas), de modo a não deixar nenhuma desassistida”, informou a assessoria de imprensa.

Segundo a Prefeitura, a Atenção Básica possui 49 médicos do programa, incluindo os 29 cubanos. Ao todo, 42 médicos estão na Estratégia de Saúde da Família (ESF), nas Usafas. Algumas unidades possuem quatro equipes, outras três e outras duas.

Em nota, a Prefeitura esclareceu que “o remanejamento permitirá que as unidades mantenham atendimento até que o edital para contratação de novos médicos, já publicado pelo Ministério da Saúde, seja concluído. A expectativa é que os novos profissionais sejam contratados até a segunda quinzena de dezembro. É importante ressaltar que nas Unidades Básicas de Saúde também há médicos do programa, mas eles não serão remanejados”.

Santos

A Secretaria de Saúde de Santos pagará horas extras a médicos da rede e irá remanejá-los entre as unidades para suprir a saída de oito profissionais cubanos.

Santos tem 24 profissionais vinculados ao Mais Médicos, que atuam na atenção básica. Os cubanos trabalhavam nas unidades de Estratégia de Saúde da Família do Caruara, Monte Cabrão, Alemoa, Jabaquara, Martins Fontes e Castelo (um em cada) e São Jorge (dois), totalizando a cobertura de 28 mil pessoas.

“Nesta quarta (ontem) já foram definidos alguns remanejamentos temporários de profissionais e, a partir de segunda-feira (26), também utilizaremos o recurso das horas extras. O objetivo é suprir as necessidades básicas de saúde da população destes territórios, com o menor impacto possível até a reposição definitiva dos médicos pelo governo federal”, explicou o secretário municipal de Saúde, Fábio Ferraz.

São Vicente

A Prefeitura, por meio da Secretaria de Saúde (Sesau), informou que a cidade tem 23 médicos do programa, sendo oito cubanos e o restante é de intercambistas ou brasileiros. Os profissionais atuam em unidades de Estratégia de Saúde da Família (ESF).

“A Sesau aguarda a saída do novo edital com as informações e determinações do Ministério da Saúde. Com isso, o Município determinará medidas para que a população não fique sem assistência”, informou a Prefeitura.

Praia Grande

Em Praia Grande, dos 34 profissionais inscritos no programa, 18 são cubanos e já foram dispensados.

“Médicos de outras unidades foram remanejados para as que contavam com médicos cubanos e três vezes por semana haverá um reforço no atendimento também através do remanejamento. Todos os atendimentos ocorrem dentro do horário de trabalho, portanto não haverá pagamentos extras”, informou a Prefeitura de Praia Grande em nota.

Os médicos cubanos atendiam em nove das 18 unidades de saúde. Cada unidade atende, em média, 70 pacientes por dia. Eles atendiam nas Usafas Aviação, Melvi, Ribeiropolis, Tupiry, São Jorge, Aloha, Anhanguera, Rio Branco e Vila Sônia.

Mongaguá

Em Mongaguá, dos seis médicos vinculados ao programa, cinco são cubanos e já foram dispensados. Segundo a Diretoria de Saúde, eles atendiam nas Unidades de Saúde da Família (USFs).

“A situação afetou cinco das nove Unidades de Saúde da Família da cidade, o que gerou grande preocupação. Uma das alternativas encontradas foi contatar os médicos das demais unidades e solicitar colaboração”, explicou a diretora de Saúde, Daiane Conceição Itacarambí.

Peruíbe

Em Peruíbe, os cinco médicos cubanos vinculados ao Mais Médicos deixaram seus cargos ontem. Eles atuavam nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).

“Foram feitos remanejamentos de forma a minimizar o problema. Todas as unidades tem pediatra, ginecologia e enfermeiros (estes estão acolhendo e separando os casos mais urgentes)”, informou a Prefeitura por meio de nota.

Bertioga

Em Bertioga atuam dois médicos brasileiros e uma cubana no Programa Mais Médicos. “A médica cubana está locada na Unidade de Saúde da Família de Boracéia. Caso realmente haja a volta dela para o país de origem, o Município terá de realocar outro médico para o local. Lembrando que, neste caso, a cidade é quem arcará com os custos do profissional, visto que os profissionais do Programa Mais Médicos são pagos pelo Governo Federal”, informou a Prefeitura em nota, por meio da assessoria de imprensa.

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