08 de Maio de 2024 • 15:35
Os 15 anos de existência do Centro de Apoio, Desenvolvimento e Qualificação (Cadeq), entidade cubatense voltada a atender dependentes químicos, foram comemorados na manhã desta quarta-feira (22) com palestras, destinadas principalmente ao público adolescente, e entrega de prêmios aos estudantes vencedores do 11º Concurso Municipal de Prevenção ao Uso Indevido das Drogas.
Os vencedores, na categoria Redação, foram: 1) Matheus Alves da Silva Teixeira, 9º ano C, da Unidade Municipal de Ensino Ulysses Guimarães; 2) Lara Costa de Novaes, da 8º ano A da UME Ruy Barbosa e 3) Lavínia Santana, do 8º ano C, da UME Ulysses Guimarães.
Maria Isabelly, do 7° ano C da UME Ruy Barbosa (primeira colocada), e Júlia Alixandre da Silva, do 6 º ano D, da UME Padre Anchieta, foram as vencedoras na categoria Cartazes.
Cada vencedor recebeu de prêmio uma bicicleta, doada pelas empresas HS Funilaria e Pintura, CIEN - Escola de Enfermagem, Doceria Fanny, Hidromar - Indústria Química, Comunidade Terapêutica Vila Nova (Mongaguá) e pelo Centro de Tratamento Litoral Sul (Itariri), voltado para assistência a dependentes químicos.
Palestras - O evento foi realizado no Bloco Cultural Dr. José Edgar da Silva, lotado, sendo a maioria do público composta por adolescentes, estudantes da Rede Fundamental de Ensino e integrantes do Centro de Aprendizagem Metódica e Prática (CAMPC) Mário dos Santos. A eles foi dirigida a palestra do professor Ricardo Galhardo Blanco, do Núcleo de Trabalhos Comunitários da Pontifícia Universidade Católica-PUC, de São Paulo.
Valendo-se de uma experiência acumulada desde 1981 (ano em que começou seu trabalho voltado à prevenção contra as drogas), Galhardo, por cerca de uma hora e meia, prendeu a atenção dos jovens. Bom humor, música, apresentação de slides e clipes, linguagem simples, na qual não faltaram expressões e referências de fácil identificação pelos adolescentes, foram recursos usados pelo pedagogo.
Ele mostrou aos jovens os riscos da opção pelas drogas, desde as mais simples, como bebidas alcoólicas, às ilegais, como maconha, cocaína e crack. Lembrou que o uso delas geralmente decorre da baixa autoestima, da sensação de não aceitação do jovem por parentes e pela sociedade, o que o torna vulnerável ao apelo do vício, geralmente feito por gente que ele admira, como personalidades artísticas, ou mesmo por amigos.
Alertou para erros comuns que pais e pedagogos cometem ao se concentrarem na linguagem do medo para afastar os adolescentes das drogas. Slogans do tipo ”a droga mata”, segundo o professor, não exercem muita eficiência nesta época da vida, em que os jovens não pensam na morte.
Disse que uma atitude paterna puramente repressora também não é a ideal como desestimulante. “O não, para o adolescente, funciona como o gatilho do sim”.
É mais eficiente, conforme Galhardo, levar os jovens à autovalorização, lembrando-lhes, por exemplo, que o simples fato de terem nascido já os tornam vencedores “ Afinal, o espermatozóide que lhes deu origem venceu outros 200 milhões de adversários na conquista do óvulo materno”.
A segunda palestra esteve a cargo da assistente social Odete do Carmo, que falou sobre a importância da família no processo de tratamento de dependentes químicos.
O evento foi coordenado pelo presidente do Cadeq, Severino Eleno Mendonça Correia.
Cotidiano
O prêmio é de R$ 1.700.000,00
Cotidiano
O prêmio é de R$ 1.300.000,00