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Cotidiano

'Virada' teve 50% de isolamento e UTIS vão a 43,9%

Metade dos caiçaras saíram de casa durante os três dias de Réveillon e ocupação das UTIs na Região beira 50%

LG Rodrigues

Publicado em 09/01/2021 às 07:00

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Algumas praias não esvaziaram durante os últimos dias de 2020 e os primeiros de 2021; situação preocupa autoridades / Nair Bueno/Diário do Litoral

A Baixada Santista entra no mês de janeiro com uma taxa de ocupação de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) em 43,9%. Ao mesmo tempo, o isolamento social médio entre os nove municípios durante os três dias de Réveillon ficou registrada em 50,92%. No destaque positivo, ficou Bertioga, com 63% de adesão ao isolamento social no dia 1º de janeiro, já o negativo fica com Santos, que teve 43% no dia 31 de dezembro.

Mesmo com a imposição do Governo do Estado para que todos os municípios de São Paulo retornassem à Zona Vermelha do Plano SP, onde somente poderiam ser abertos os serviços considerados essenciais, as cidades da Baixada Santista resistiram às medidas e não aderiram às recomendações sob a alegação de que os comerciantes e outros estabelecimentos comerciais não teriam tempo hábil para se adaptar por já terem feitos compras e se planejado seguindo as normas da Zona Amarela.

Além disso, as prefeituras de Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe decidiram manter os acessos às praias abertas afirmando que encontraram dificuldade para fazer os bloqueios. Todas as outras cidades fecharam o acesso à faixa de areia durante a virada do Ano Novo. Mesmo com praias vazias durante o Réveillon, entretanto, isso não foi traduzido para o isolamento social, que pode ser conferido no portal do Governo do Estado de São Paulo e é um resumo das estatísticas do Sistema de Monitoramento Inteligente (SIMI-SP), cujo objetivo é acompanhar indicadores-chave para gestão da pandemia, apoiar grupos de pesquisa no desenvolvimento de análises sobre a pandemia e também garantir transparência à população.

O SIMI-SP é viabilizado por meio de acordo com as operadoras de telefonia Vivo, Claro, Oi e TIM para que o Governo de São Paulo possa consultar informações agregadas sobre deslocamento no Estado. As informações são aglutinadas e anonimizadas sem desrespeitar a privacidade de cada usuário. Os dados de georreferenciamento servem para aprimorar as medidas de isolamento social para enfrentamento ao coronavírus.

Em Santos, o isolamento social no dia 31 ficou em 43%, subiu para 47% no dia 1º e teve ligeira queda para 46% no dia seguinte, se tornando o município que menos aderiu à quarentena durante a última semana de 2020. São Vicente registrou entre os dias 31, 1º e 2 as marcas de 44%, 50% e 49%.

Dentre os municípios mais populosos da Região, Guarujá foi o único a ter mais da metade de sua população dentro das normas de isolamento social. Na véspera de Ano Novo, o índice de isolamento social chegou a 51%, no feriado do dia 1º subiu para 52% e caiu novamente para 51% no dia 2.

Apesar de ter mantido a faixa de areia aberta, Praia Grande também não fez feio e teve 50% de adesão ao isolamento social no dia 31, subiu para 53% no dia 1º e voltou a 49% no dia 2. Bertioga, entretanto, foi o município mais regrado nestes três dias de Réveillon. Teve 59% no dia 31, alcançou a excelente marca de 63% no dia 1º e recuou para 57% no segundo dia de 2021.

Dentre os municípios remanescentes monitorados durante os dias 31, 1º e 2, Cubatão teve 45%, 55% e 48%. Itanhaém também teve maioria isolada nos três dias com 52%, 54% e 50%. Mongaguá teve mais da metade da população dentro de casa nos dias 31 (51%) e 1º (52%), mas viu o dado cair para 48% no dia 2. Fechando a lista, Peruíbe alcançou 55% no dia 31, 54% no dia 1º e 47% no dia 2.

Estes números se somam em uma média de 50,92% de adesão ao isolamento social pelas nove cidades durante os três dias. Até o dia 31 de dezembro de 2020, a Baixada Santista possuía 81.476 confirmações de casos de moradores infectados com o coronavírus e um total de 2.749 mortes por Covid-19. Desde então, estes índices subiram de forma alarmante. Até a noite da última sexta-feira (8), quando as nove Prefeituras atualizaram seus boletins de saúde, a Região chegou a 2.810 mortes e 83.601 casos de infecções. Já a ocupação de leitos de UTI alcançou a marca de 43,9%. 

 

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