Cotidiano

VÍDEO: Veja a espetacular inflorescência de uma planta espinhosa da Mata Atlântica

O registro foi feito durante uma atividade de educação ambiental na Praia Brava

Márcio Ribeiro, de Peruíbe para o Diário

Publicado em 19/12/2025 às 19:31

Atualizado em 19/12/2025 às 19:31

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As folhas são rígidas e apresentam espinhos em ambos os lados / Márcio Ribeiro/DL

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Conhecida pelos povos tradicionais como caraguatá, a bromélia (Bromelia antiacantha) está em plena floração nas matas da região, oferecendo um verdadeiro espetáculo natural e atraindo abelhas nativas responsáveis pelo processo de polinização.

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O registro foi feito durante uma atividade de educação ambiental na Praia Brava, uma das cinco praias localizadas no interior do Parque Estadual do Itinguçu, em Peruíbe. No local, era possível observar diversas plantas florescendo simultaneamente, espalhadas pela vegetação.

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Também chamada de gravatá, banana-do-mato ou bananinha-do-mato, a espécie ocorre desde a Bahia até o Uruguai, com maior incidência em áreas de restinga. Trata-se de uma planta terrestre de grande porte, com folhas que variam entre 80 centímetros e até 3 metros de comprimento, crescendo em touceiras densas.

As folhas são rígidas e apresentam espinhos em ambos os lados. Os espinhos da parte externa, mais distante do centro da planta, apontam para fora, enquanto os internos se voltam para o interior. Essa característica dá origem ao nome científico da espécie, formado pelo prefixo grego anti (direção contrária) e acantha (espinho). Ao longo da maior parte do ciclo de vida, as folhas possuem coloração verde-amarelada, mas a roseta torna-se avermelhada durante a fase reprodutiva.

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As flores são numerosas e tubulares. A polinização ocorre principalmente por beija-flores, embora mamangavas e abelhas também sejam atraídas, muitas vezes em busca de néctar.

Ao final do ciclo reprodutivo, a planta produz numerosos frutos amarelos, que servem de alimento para diferentes animais, como esquilos e outros roedores. A frutificação costuma ocorrer no inverno, entre julho e setembro.

Assim como ocorre com outras espécies da Mata Atlântica, a banana-do-mato possui diversos usos tradicionais que, ao longo do tempo, acabaram sendo menos registrados devido a mudanças nos hábitos alimentares e socioeconômicos. No entanto, parte desse conhecimento vem sendo resgatada em estudos voltados à valorização dos produtos florestais não madeireiros e do saber tradicional.

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Os frutos podem ser consumidos in natura, desde que em pequenas quantidades, pois contêm oxalato de cálcio, substância que pode causar irritação na boca e na garganta. 

No uso medicinal, o preparo mais conhecido  é um xarope feito a partir dos frutos, tradicionalmente utilizado no tratamento de problemas respiratórios, como tosse, asma e bronquite. Há ainda relatos do uso dos frutos e derivados como anti-helmínticos.

Outro uso comum da espécie é como cerca-viva, já que se trata de uma planta grande, espinhosa e de crescimento relativamente rápido. Assim como outras bromélias, suas folhas também podem ser utilizadas para a confecção de fibras, empregadas em usos artesanais.

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