10 de Outubro de 2024 • 03:50
Cotidiano
A droga se tornou um contaminante emergente na região e já afeta organismos marinhos, como ostras e mexilhões
No vídeo, o problema é relatado pelo biólogo Camilo Dias Seabra / Reprodução/YouTube
Um vídeo, divulgado pela Agência Fapesp, mostra a coleta de ostras e mexilhões na baía de Santos. O mar santista tem sido afetado pela presença da cocaína. A droga, hoje, está presente não só na água, mas também em sedimentos nestes organismos marinhos. No vídeo, o problema é relatado pelo biólogo Camilo Dias Seabra, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
O grupo liderado por Seabra e colegas da Universidade Santa Cecília (Unisanta) identificou pela primeira vez, em 2017, o acúmulo de cocaína e outras substâncias derivadas de remédios em água superficial na baía de Santos.
Além de poluentes oriundos das atividades portuária, industrial e do esgoto doméstico, os pesquisadores encontraram em amostras o ibuprofeno, paracetamol e o diclofenaco, entre outros medicamentos, além de cocaína em concentração equivalente à da cafeína.
Isso é considerado um indicador tradicional de contaminação porque, além de ser consumida por meio de bebidas como café, chá e refrigerantes, está presente em vários medicamentos.
Essas descobertas se baseiam em estudos geoquímicos feitos em testemunhos de sedimento estuarino. No vídeo é possível acompanhar como é feita a coleta dessas amostras e de animais na região do emissário submarino da baía de Santos.
Assista ao vídeo da Agência Fapesp:
Segundo Camilo Seabra, a partir desses estudos, foi possível estimar que a cocaína passou a se acumular no estuário de Santos a partir da década de 1930, mas as concentrações da droga na região saltaram nas últimas décadas.
Algumas das explicações para esse aumento é que a região é uma das principais rotas de tráfico da droga da América do Sul para a Europa. Além disso, a região, a exemplo de outras no país e no mundo, enfrenta o problema do aumento de usuários de drogas ilícitas, como a própria cocaína e o crack.
Outros problemas na região são a falta de tratamento de esgoto, o uso de crack e outras drogas e riscos à segurança pública. A fim de entender melhor a magnitude desses problemas, os pesquisadores pretendem iniciar um programa epidemiológico baseado em águas residuais para identificar o consumo de drogas.
Um dos objetivos de programas como esse é contribuir para a detecção de problemas de saúde da população relacionados não só a drogas ilícitas, mas também álcool e tabagismo.
Cotidiano
Cidade do litoral de SP recebe festival de cinema feito por mulheres
Festival Ilhabela Sevens de Rugby acontece neste fim de semana no Litoral de SP
Cidade do litoral de SP tem festival em homenagem aos 116 anos da imigração japonesa
Diário Mais
As chances são mínimas, porém, não são zeradas, como muitos, sem conhecimento, defendem
Diário Mais
Com um peso impressionante de 1 kg, o lanche já pode ser encontrado na Praça Barão do Rio Branco, em São Vicente