A discussão de aumento de vagas na CROSS já não é novidade na Uvebs / Divulgação
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Apesar da questão das instalações dos pedágios free flow - pórticos tarifários - do Governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) estarem tirando o sono de milhares de moradores da Região Metropolitana da Baixada Santista, uma outra questão deverá ser bastante discutida nas reuniões regionais União dos Vereadores da Baixada Santista (Uvebs): a abertura de mais vagas na Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde (CROSS).
A próxima reunião acontece no dia 29, a partir das 10 horas, no Plenário da Câmara de Bertioga, localizado na Rua Reverendo Augusto Paes d’Ávila, 374 - Jardim Rio da Praia.
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A discussão de aumento de vagas na CROSS já não é novidade na Uvebs e nem é assunto a ser deixado de lado. Recentemente, a Reportagem foi acionada por conta de uma campanha via redes sociais para atender uma munícipe vicentina que estava em coma induzido no Pronto Socorro do Rio Branco, em São Vicente, precisando urgentemente de uma vaga de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Amigos e familiares esgotaram todos os seus argumentos e contatos, principalmente com políticos regionais, numa angústia para conseguir uma vaga. Ao final, depois de seis dias em busca de um tratamento correto, a vicentina acabou sendo liberada para ir para casa.
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No entanto, ela acabou passando mal e faleceu por falta de atendimento especializado. Há informações de que a família vai ingressar na Justiça por conta de negligência assistencial.
A CROSS é um sistema estadual de São Paulo responsável pela regulação do acesso à saúde, especialmente na distribuição de vagas de internação e outros serviços. Na Baixada Santista, o CROSS atua na regulação médica de urgência, leitos hospitalares e serviços ambulatoriais, incluindo oncologia e telemedicina.
A CROSS deveria facilitar a comunicação entre os hospitais e outras unidades de saúde, garantindo que os pacientes sejam direcionados para o local certo, de acordo com sua necessidade. Mas, na Baixada, há muita reclamação a respeito de sua efetividade.
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E não faltam reportagens sobre a problemática. A mais recente e completa foi veiculada no jornal Boqnews, em que o vereador de Santos (PT) e médico infectologista Marcos Caseiro informou que a Baixada Santista sofre com a falta de leitos hospitalares.
Caseiro disse que quando se entra no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) e seleciona as vagas na região tem-se 1.663 vagas.
Porém, segundo o Ministério da Saúde, deveria ter 1.834 vagas. “Portanto, com 1.834 leitos, nós teríamos 1,5 leitos para cada mil habitantes”. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) recomenda 4,7 leitos para cada mil habitantes.
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A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) já se posicionou informando que, desde o início da atual gestão, chegou à marca de mais de 6,4 mil leitos reativados, em hospitais próprios e filantrópicos em todas as regiões do Estado. Esse avanço equivale à construção de 32 hospitais de médio porte.
Os nove municípios que compõem a Baixada Santista contam com quatro hospitais estaduais, sendo eles: Hospital Regional de Itanhaém, Hospital Guilherme Álvaro, o Instituto de Infectologia Emílio Ribas e o Polo de Atenção Intensiva (PAI) em Saúde Mental da Baixada Santista. Atualmente, a região possui dois hospitais em fase de fase de tratativas para auxílio no custeio dos leitos, o Hospital Municipal de Bertioga e o de Peruíbe.
A SES-SP reforça seu compromisso contínuo em ampliar o acesso da população aos serviços de saúde, com foco na melhoria da qualidade do atendimento e na redução do tempo de espera nas filas.
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Um exemplo deste compromisso é a Tabela SUS Paulista, uma iniciativa inédita que remunera em até cinco vezes mais a realização de procedimentos médicos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
De janeiro de 2024 a março deste ano, por meio do programa estadual Tabela SUS Paulista, a SES-SP repassou cerca de R$128,7 milhões para 49 instituições conveniadas ao SUS na área de abrangência do Departamento Regional de Saúde (DRS) da Baixada Santista.
Além disso, a atual gestão criou o IGM SUS Paulista, programa que destina recursos financeiros do tesouro estadual para os municípios de São Paulo, com o objetivo de fortalecer e melhorar os serviços públicos de saúde na atenção básica e no combate às arboviroses. Para os municípios da Baixada Santista, foram destinados R$ 37,6 milhões referentes ao programa, entre os anos de 2024 e 2025.
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Em Bertioga, será a segunda reunião de nove que acontecerão este ano. É esperada a presença de prefeitos e secretários, deputados estaduais e federais, além dos parlamentares que compõem as nove casas de leis da Região Metropolitana da Baixada Santista.
Com o intuito de facilitar a participação de todos os vereadores ligados à entidade, a Uvebs realizará sessões itinerantes, pelo menos uma vez ao mês, revezando entre as cidades. Por enquanto, o calendário dos próximos encontros já está definido para as seguintes datas: 3ª sessão regional em Santos em 26/09; 4ª em Mongaguá em 31/10; 5ª em Cubatão em 28 de novembro.
Para o ano que vem, estão definidas a 6ª sessão Regional em Guarujá no dia 27/02, depois a 7ª em Itanhaém em 27/03, em seguida em São Vicente em 24/04 e, por último, em Praia Grande, dia 29 de maio de 2026.
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