Cotidiano
Popularmente chamadas de "virose", essas ocorrências podem ser causadas por vírus, bactérias ou parasitas, e cada um desses agentes exige condutas específicas
O aumento das viagens, o maior consumo de alimentos fora de casa e a elevação das temperaturas durante o verão são fatores que favorecem a disseminação / Reprodução Youtube/Na Mala
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O crescimento das viagens, o hábito de comer fora com mais frequência e as temperaturas mais altas típicas do verão criam condições ideais para a disseminação de infecções gastrointestinais, sobretudo em áreas litorâneas.
O aumento das viagens, o maior consumo de alimentos fora de casa e a elevação das temperaturas durante o verão são fatores que favorecem a disseminação de infecções gastrointestinais, especialmente em regiões litorâneas.
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Popularmente chamadas de “virose”, essas ocorrências podem ser causadas por vírus, bactérias ou parasitas, e cada um desses agentes exige condutas específicas. Identificar rapidamente o causador da infecção é essencial para evitar complicações, como explica André Santos, Medical Science Liaison da QIAGEN.
“Apesar de muitas vezes ser tratada como algo simples, a gastroenterite pode evoluir de forma séria, especialmente em crianças pequenas e idosos. A infecção acontece por ingestão de água ou alimentos contaminados, contato com água não tratada ou transmissão entre pessoas. Por isso, determinar com precisão qual patógeno está envolvido é um passo decisivo para um tratamento assertivo”, afirma Santos.
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Para aumentar a precisão e a velocidade desses diagnósticos, os testes sindrômicos — também chamados de testes PCR multiplex direto rápidos — têm ganhado protagonismo na rotina clínica. A tecnologia analisa uma única amostra de fezes e entrega resultados em cerca de uma hora, detectando simultaneamente dezenas de patógenos associados à gastroenterite, entre eles E. coli, Salmonella, Norovírus e parasitas comuns nesses quadros.
“O grande benefício do teste multiplex é a capacidade de apontar, em poucos minutos, não só o patógeno responsável pela infecção, mas também quando há coinfecções. Com esse nível de precisão, o tratamento prescrito se torna muito mais direcionado”, explica.
Santos reforça que diferenciar corretamente infecções virais das bacterianas é fundamental para evitar terapias inadequadas. “Quando a infecção é bacteriana, o uso precoce do antibiótico correto pode evitar agravamentos. Já nos quadros virais, o antibiótico não traz benefício e nem deve ser utilizado. O cuidado envolve hidratação, probióticos e o alívio dos sintomas.”
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Além de apoiar o manejo imediato dos pacientes, a adoção de testes sindrômicos é uma ferramenta valiosa para vigilância epidemiológica, permitindo que hospitais e serviços de saúde monitorem de forma precisa os patógenos circulantes e identifiquem tendências de aumento nas infecções.
“A agilidade no diagnóstico ajuda não apenas o indivíduo, mas toda a comunidade, pois permite respostas rápidas em momentos de maior incidência e auxilia na prevenção de novas transmissões”, conclui Santos.