Cotidiano
A ventania histórica que atingiu o país desde quarta-feira (10) provocou um efeito em cadeia no sistema aéreo brasileiro
Em Guarulhos, pelo menos 15 partidas e 39 chegadas foram suspensas nesta quinta-feira (11). / Reprodução (Flightradar24)
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A ventania histórica que atingiu o país desde quarta-feira (10) provocou um efeito em cadeia no sistema aéreo brasileiro. Só em São Paulo, mais de 400 voos foram cancelados, obrigando aeronaves a realizar manobras de espera sobre o litoral antes de receber autorização para pousar — o chamado holding pattern.
Em Guarulhos, pelo menos 15 partidas e 39 chegadas foram suspensas nesta quinta-feira (11).
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Já em Congonhas, o número era ainda mais alto: 110 voos cancelados até as 15h30. Os aeroportos amanheceram caóticos, com longas filas nos balcões das companhias aéreas e passageiros dormindo nos bancos, sem perspectiva de embarque. O impacto também se estendeu aos aeroportos do Rio de Janeiro e de Brasília.
A instabilidade fez aeronaves permanecerem sobrevoando os arredores dos aeroportos paulistas durante praticamente todo o dia de ontem, em busca de autorização para pousar ou decolar.
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Entre os casos registrados, um voo vindo do Rio de Janeiro com destino a Congonhas precisou circular sobre a região de São Sebastião. Outra aeronave, que partiu de Curitiba e tentaria pousar em São Paulo, ficou em espera próximo a Mongaguá.
Situação semelhante ocorreu com aviões que vinham de Porto Alegre e Navegantes (SC), todos obrigados a permanecer em manobras sobre o litoral até liberação da torre.
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Na manhã dessa sexta, Congonhas já opera pousos e decolagens, mas ainda enfrenta reflexos do vendaval e dos ajustes na malha aérea. Em Guarulhos, segundo a GRU Airport, as operações foram normalizadas, embora o impacto ainda gere atrasos.
A prática é comum e totalmente segura. As aeronaves realizam o chamado padrão de espera (holding pattern), uma trajetória pré-planejada que permite manter o fluxo organizado de pousos e decolagens.
Os principais motivos para a manobra são:
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Congestionamento no aeroporto — muitas aeronaves tentam pousar ao mesmo tempo.
Mau tempo — ventos fortes reduzem a segurança da aproximação.
Pista ocupada — outra aeronave pode estar pousando ou decolando.
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Necessidade de espaçamento seguro — o controle aéreo mantém distâncias obrigatórias entre aviões.
Aproximação gradual — o piloto aguarda condições ideais antes de iniciar o pouso.
Embora cause apreensão em alguns passageiros, trata-se de um recurso operacional padrão, projetado justamente para garantir a segurança do voo.
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