Cotidiano
Trata-se da maior velocidade registrada desde 1963, quando o Inmet iniciou a medição
O vento começou ainda na manhã de quarta e permaneceu intenso por mais de 24 horas, chamando a atenção do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) / Divulgação CNL
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A ventania que atingiu São Paulo entre quarta (10) e quinta-feira (11) foi considerada inédita por meteorologistas. O vento começou ainda na manhã de quarta e permaneceu intenso por mais de 24 horas, chamando a atenção do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet): é a primeira vez que rajadas tão fortes atingem a capital sem a presença de chuva ou temporais.
Segundo especialistas, a longa duração do vendaval não tem precedentes na cidade. Trata-se da maior velocidade registrada desde 1963, quando o Inmet iniciou a medição. Os ventos intensos deixaram um rastro de destruição: mais de 2 milhões de imóveis ficaram sem energia, 151 árvores caíram, parques foram fechados, voos cancelados e até consultas hospitalares precisaram ser suspensas.
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A causa do vendaval foi um ciclone extratropical que atua no litoral do Rio Grande do Sul. Mesmo distante de São Paulo, o sistema possui ampla área de influência — o que explica a força dos ventos na capital e na região metropolitana.
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A Concessionária Novo Litoral (CNL), responsável por 212 quilômetros de rodovias na Baixada Santista, Alto Tietê e Vale do Ribeira, informou ter retirado mais de 100 árvores desde quarta-feira (10). As quedas foram provocadas pelos ventos que ultrapassaram 100 km/h com a passagem do ciclone extratropical pelo estado.
As ocorrências foram registradas em 64 pontos diferentes do trecho administrado, com maior concentração na Rodovia Dom Paulo Rolim Loureiro (SP-098), onde cerca de 90 árvores precisaram ser removidas.
Apesar do volume de incidentes, não houve necessidade de interditar totalmente nenhuma rodovia. Em alguns trechos, no entanto, foi preciso realizar bloqueios parciais e temporários para garantir a segurança dos motoristas e o trabalho das equipes.
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A concessionária destacou ainda que, ao longo do ano, já havia realizado uma campanha de poda e retirada preventiva de árvores com risco de queda — medida que ajudou a reduzir os impactos provocados pela ventania. As equipes de conservação e manutenção seguem mobilizadas para evitar transtornos aos usuários e assegurar a fluidez do tráfego.