06 de Maio de 2024 • 01:52
O Vaticano condenou hoje (7) o ataque terrorista à sede do jornal francês Charlie Hebdo, em Paris, e o classificou de “dupla violência”, praticada contra pessoas e contra a liberdade de imprensa. O padre Ciro Benedettini, vice-diretor do gabinete de imprensa do Vaticano, disse a jornalistas que a liberdade de imprensa é tão importante quanto a liberdade religiosa.
Praticado por três homens encapuzados e fortemente armados, o ataque causou a morte de pelo menos 12 pessoas, a maioria funcionários do jornal francês que estavam na redação, entre eles, o diretor da publicação, Stéphane Charbonnier, de 47 anos, e Georges Wolinski, de 70 anos, considerado um dos maiores cartunistas do mundo.
Charges do profeta Maomé publicadas pelo jornal já haviam causado protestos da comunidade muçulmana no passado. Até o momento, no entanto, nenhum grupo reivindicou a autoria do ataque. Segundo testemunhas, os agressores gritaram “vingamos o profeta”.
A Conferência Episcopal da França também condenou o ataque, considerando-o “injustificável” e ressaltando o “horror” causado. Outras representações religiosas, como a Liga Árabe e a Universidade de Al Azhar, a segunda mais antiga do mundo e principal autoridade do Islã sunita, também condenaram o atentado terrorista.
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