Especialista em cromoterapia explica por que a crença não tem base científica / Freepik
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Quando o ano chega ao fim, rituais ganham força e crenças antigas reaparecem. Entre simpatias e escolhas simbólicas, uma ideia específica voltou a circular: a de que usar verde na noite de Natal pode influenciar a maternidade.
A teoria se espalhou após casos envolvendo celebridades e rapidamente ganhou espaço em conversas digitais. Mas até que ponto isso passa de coincidência e quando vira desinformação?
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Para além do engajamento nas redes, especialistas alertam para os riscos de transformar símbolos em promessas e explicam o real efeito das cores sobre o bem-estar humano.
O ponto de partida da crença foi um episódio específico. Viih Tube apareceu vestindo verde no Natal de 2021 e, no ano seguinte, anunciou a gravidez da filha Lua, o que bastou para gerar associações imediatas.
A narrativa se espalhou rapidamente. A cada novo dezembro, o caso volta à tona como se fosse uma confirmação, reforçando a ideia de que a cor teria um papel direto na fertilidade feminina.
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Especialistas lembram que coincidência não equivale à causa. A repetição transforma o relato em crença popular, mas não cria evidência. O fenômeno é mais cultural do que científico.
Na cromoterapia, não existe relação entre cores e gravidez. O verde, porém, é conhecido por suas propriedades calmantes. Ele ajuda a equilibrar emoções, reduzir estresse e promover sensação de bem-estar, fatores importantes para a saúde física e mental.
Esse impacto é sutil e indireto. A cor pode contribuir para um estado emocional mais estável, mas não age como gatilho biológico. Não há atalhos simbólicos para processos complexos do corpo.
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A crença pode gerar armadilhas emocionais. Para mulheres que desejam engravidar, depositar esperança em uma superstição pode intensificar frustrações e sentimentos de culpa quando o resultado não aparece.
Por outro lado, a força do pensamento positivo é reconhecida. Intenções claras e atitudes conscientes ajudam a construir um caminho mais saudável, desde que acompanhadas de ações concretas.
Se a maternidade acontecer, não será por causa da roupa escolhida para a ceia. O verde pode representar um desejo, mas a realidade segue outros ritmos e exige mais do que simbolismos ocasionais.
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