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Cotidiano

Usuários apontam problemas na travessia realizada pela Dersa

Filas, falta de fiscalização, sujeira e lotação foram citados

Vanessa Pimentel

Publicado em 10/09/2018 às 10:39

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Filas, falta de fiscalização, sujeira e lotação foram citados / Paulo Vilaça/DL

Emerson Moreira mora no Guarujá e pelo menos três vezes na semana precisa ir até Santos. Mas, para evitar transtornos, ele opta por não usar o carro e assim, fugir da balsa.  

“Por lá eu sempre me estresso porque o pessoal fura fila, demora muito e o preço é alto demais pra qualidade do serviço”, reclama, enquanto segue para o Píer Edgard Perdigão, na Ponta da Praia, local reservado para o embarque da travessia de pedestres. 

Na área reservada aos carros que embarcam sentido Guarujá, a fila demorava em torno de 40 minutos no dia em que a Reportagem esteve presente para saber como os usuários avaliam o serviço prestado pela Dersa. Sem exceção, os entrevistados reclamaram.

Milton Cambuí faz a travessia diariamente. O que mais o incomoda é a falta rotineira de embarcações disponíveis. “Pra não chegar atrasado ao trabalho eu saio uma hora mais cedo porque são raras as vezes que consigo atravessar sem demora”, explica. 

A outra observação é referente à fiscalização da fila. Para ele, em Santos o controle e a organização é maior do que em Guarujá. “Direto vejo confusão lá por causa de motorista que fura a fila. É até perigoso”, comenta. 

Guilherme Furlani trabalha em São Paulo e diz que sempre que possível prefere ir de moto porque o embarque é mais rápido. “Quando venho de carro demoro, no mínimo, 40 minutos – isso se conseguir chegar antes do horário de pico. De moto é bem mais rápido”, analisa.

Travessia de Pedestres

Também foi registrada uma série de reclamações quanto aos serviços da travessia de pedestres realizada entre Santos e Vicente de Carvalho, a maioria delas relacionada à lotação, problemas de higiene e riscos de acidentes por falta de manutenção. 

Em julho deste ano, o Procon de Guarujá realizou uma vistoria nas embarcações que fazem a travessia e constatou as irregularidades, entre elas: lotação, poluição, falta de treinamento dos funcionários, inclusive em necessidade de primeiros socorros. 

Além das barcas, os pontilhões de acesso estavam enferrujados, o que aumenta o risco de desabamento. Em resposta, a Dersa garantiu que a lotação é controlada.

Novo trajeto promete aumentar fluidez da fila em Santos

Segundo a Dersa, já está em andamento também a implantação de um projeto desenvolvido pela Companhia de Engenharia de Tráfego – CET-Santos em conjunto com a DERSA, com o objetivo de eliminar o conflito que existe hoje entre a fila de prioridades e os ônibus que utilizam o ponto localizado na Praça do Mercado do Peixe. 

“As mudanças deverão ampliar a capacidade de veículos prioritários no bolsão do lado de Santos, dando maior fluidez ao tráfego local. A previsão é que antes da temporada de verão, o novo acesso esteja em funcionamento”.

Em relação às reclamações sobre a falta de fiscalização na fila, a Dersa esclareceu que as fiscalizações e as autuações de veículos nos viários municipais são de responsabilidade dos órgãos de trânsito de cada Prefeitura.

Quanto ao tempo de espera, afirmou que está promovendo uma reestruturação do Centro de Controle Operacional – CCO e diversos outros ajustes para agilizar o embarque e desembarque de ­veículos.

Atualmente, a Travessia Santos/Guarujá dispõe de seis ferryboats e, para a segunda quinzena de setembro, estará novamente com a frota completa, após o retorno do reparo das duas balsas que foram atingidas por um navio em maio. Outra balsa cumpre cronograma de reforma e modernização, também com previsão de retorno para este mês. 

Para a Travessia Santos/Vicente de Carvalho, a DERSA colocou em prática um pacote de melhorias para as estações de passageiros e embarcações, como a instalação de novas placas de horários de saídas das embarcações, novos pisos táteis para deficientes visuais, limpeza da cobertura, pisos, paredes e manutenção dos flutuantes. “A Empresa segue promovendo outras ações que visam garantir mais conforto e segurança aos usuários”.

Em relação à lotação, disse que o controle eletrônico de acesso de passageiros está funcionando em ambas as margens. 

“A limpeza tanto das estações quanto das embarcações é feita diariamente e a colaboração de todos é fundamental para que estes locais permaneçam sempre limpos e em perfeitas condições de uso. Infelizmente, danos ao patrimônio público ainda são constantes, como quebra de assentos, lixeiras, catracas e equipamentos dos banheiros. O vandalismo traz prejuízos aos cofres públicos e prejudica o atendimento de todos os passageiros. A Empresa pede a colaboração de todos, no combate a estas ações”.

O serviço de lanchas para pedestres dispõe atualmente de quatro embarcações e ainda em setembro, contará com um catamarã novo, com capacidade para 430 passageiros.

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