Objetivo do projeto é atender famílias de baixa renda; protótipo com canos de PVC já está pronto / NAIR BUENO/DIÁRIO DO LITORAL
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Utilizar plástico reciclado para produzir uma cadeira de rodas infantil automatizada que atenda famílias de baixa renda. Esse é o objetivo de um projeto de estudantes universitários de Santos.
Um protótipo feito com canos e conectores de PVC já está pronto. A ideia agora é substituir o material por plástico e alumínio que virariam lixo.
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"Aproveitei minha experiência para pensar um projeto que conciliasse várias disciplinas em prol da sociedade", explica o professor-mestre e fisioterapeuta Rafael Fortes, do Centro Universitário São Judas - Campus Unimonte, idealizador do projeto.
A proposta, segundo ele, é uma adaptação de um projeto aberto da Universidade Bringham Young, nos Estados Unidos.
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De acordo com Fortes, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece cadeiras de rodas para crianças, mas não automatizadas. "O custo desse equipamento é, em média, R$ 8 mil. A nossa versão tem um preço de produção entre R$ 500 e R$ 800". Para ele, a automação é ideal para o desenvolvimento da autonomia das crianças na faixa etária até 10 anos.
Outro diferencial, é que o equipamento poderá ser montado em casa. "Além do baixo custo, a gente pensou em algo mais lúdico, por isso as crianças poderão montar a cadeira de rodas, que será modular, junto com os pais". O equipamento suporta crianças até 35 quilos.
Além do professor, a equipe conta com os alunos Diego Leal e Monique Cunha, de Engenharia Civil; Isabelle Ingrid e Anderson Pacheco, de Engenharia de Produção; e Karem Carvalho, formada em Design.
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PREMIAÇÃO
O projeto foi um dos 15 vencedores do Programa Start, da Ambev, cujo objetivo é tirar do papel iniciativas inovadoras de empreendedorismo.
"Agora vamos receber R$ 50 mil para começar de fato a produção da cadeira", explica Diego Leal, aluno do 3º ano de Engenharia Civil e projetista do modelo. A ideia de inscrever o projeto no concurso da Ambev partiu do estudante.
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"Com a parceria, também vamos receber mentoria de assuntos jurídicos, financeiros e de marketing da Ambev por três meses", afirma Leal.
Segundo Fortes, por conta da premiação, o grupo ainda espera definições para saber se as cadeiras serão doadas ou comercializadas.
"A maior importância é de fato que um projeto ultrapasse os muros da instituição e que as ideias pensadas aqui ganhem vida lá fora", finaliza o professor.
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