23 de Abril de 2024 • 12:30
Os alunos do projeto Faculdade da Maturidade (FAMA) que pedem a permanência da gratuidade foram ouvidos ontem à tarde pela diretora-geral da Uniesp-Faculdade do Guarujá, Marília Mossini. A instituição pretende cobrar a mensalidade dos alunos que estudam de graça. A faculdade gratuita para alunos com mais de 45 anos de idade foi fruto de projeto social criado pela antiga mantenedora da Faculdade do Guarujá, as Faculdades Adélia.
A aluna Maria Marli Muniz, uma das representantes dos alunos na reunião de ontem com a direção da Uniesp, disse que os alunos terão que aguardar o parecer do diretor-presidente da Uniesp/São Paulo. A Uniesp/Guarujá confirmou a informação de que o pedido dos estudantes do FAMA será encaminhado à instância superior da instituição de ensino superior.
A Uniesp assumiu a administração da Faculdade do Guarujá no meio deste ano e pretende cobrar as mensalidades dos cursos do projeto FAMA a partir de 2008. Porém, os estudantes que já estudam de graça, faltando apenas um ciclo para concluir o curso de Hotelaria, também terão que pagar a mensalidade se quiserem dar continuidade aos estudos.
Para Maria Marli, a cobrança é injusta, uma vez que o projeto foi iniciado com a proposta de oferecer cursos gratuitos de Hotelaria e Turismo para a terceira idade. Mas, de acordo com Maria Marli, como não houve uma sinalização positiva ontem por parte da Uniesp, uma vez que eles já manifestaram o pedido na terça-feira, será realizada uma mobilização em frente à unidade de ensino, na próxima terça-feira, a partir das 14 horas.
“Como ficamos sem resposta na reunião vamos fazer uma manifestação na próxima terça-feira em frente à Faculdade e depois vamos seguir em passeata até a Prefeitura, com faixas, para pedir o apoio do prefeito”, declarou Maria Marli.
Segundo Maria Marli, o período para matrículas será aberto no dia 7 de janeiro e ela não acredita que a resposta da instituição saia ainda este ano. “Caso a Uniesp obrigue os alunos do Fama a pagarem a mensalidade e a matrícula, podemos garantir que todos os 500 deixarão o curso”, afirmou Maria Marli.
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