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Cotidiano

Unicef abre debate sobre habilidades das pessoas com deficiência

Entidade vai selecionar vídeos produzidos por crianças, adolescentes e jovens sobre o tema deficiência.

Publicado em 07/01/2013 às 22:31

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O Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef) vai selecionar vídeos produzidos por crianças, adolescentes e jovens de até 25 anos sobre o tema deficiência. O vencedor do concurso Tem a ver com habilidade! será usado no lançamento, em maio, do relatório Situação Mundial da Infância 2013: crianças com deficiência. Pela primeira vez, o documento, apresentado anualmente, abordará esse assunto.

De acordo com o escritório do Unicef no Brasil, os interessados devem enviar os filmes até o dia 15 deste mês para a sede do Fundo, em Nova Iorque. Os filmes podem ser de qualquer gênero – drama, comédia, documentário, ter duração de um minuto, tratar de experiências pessoais, dos direitos das pessoas com deficiência, além dos desafios que enfrentam.

Não há obrigatoriedade de idioma, mas, caso os filmes não sejam em inglês, devem estar acompanhados da transcrição do texto ou ser legendados. A análise caberá a um painel global, formado por comunicadores e jovens. O responsável pela obra vencedora será premiado com uma filmadora. O regulamento do concurso pode ser conferido no site do Unicef.

Iniciativas como essa, destinadas a valorizar as habilidades e potencialidades das pessoas com deficiência em vez de evidenciar suas limitações, são fundamentais para a consolidação da inclusão, no entendimento da professora Maria Izabel Tafuri, do Departamento de Psicologia Clínica da Universidade de Brasília (UnB). Ela enfatizou que crianças, com ou sem deficiência, devem ter assegurado o direito ao pleno desenvolvimento físico e emocional.

“Muitas vezes, essas crianças são olhadas com pena e não pode ser assim. Devem ser identificadas as características que permitem que elas se desenvolvam na sociedade por suas habilidades, que são individuais”, disse.

“Geralmente a inclusão é entendida como o processo de colocar para dentro quem é considerado diferente, mas não é só isso. Trata-se de um esforço de combate ao preconceito que vivenciamos ao longo da vida, porque a maioria dos adultos de hoje não teve oportunidade e não aprendeu a conviver com pessoas com deficiência quando crianças e não estão prontos para a diversidade”, acrescentou.

A professora da UnB também enfatizou que a família tem papel fundamental nesse processo, porque é ela que “vai ter que estar preparada” para enfrentar e dar suporte a essas crianças, quando se depararem com situações capazes de prejudicar o pleno desenvolvimento do seu potencial.

A presidenta do Centro de Apoio a Mães de Portadores de Eficiência (Campe), que atua há 10 anos no apoio a famílias cearenses cujos filhos tenham algum tipo de deficiência, Keila Chavez, ressaltou que todas as crianças, qualquer que seja sua condição, têm aptidões, sonhos e anseios. Segundo ela, as famílias devem se esforçar para identificá-los e estimular seu desenvolvimento.

Como exemplo, ela citou o caso de seu filho, David Chaves, 16 anos. Com uma síndrome ainda não identificada pelos médicos, ele tem comprometimento intelectual e motor. Mesmo sem falar ou escrever, não deixa dúvidas sobre um sonho pessoal: envolver-se na atividade circense.

“Ele é muito divertido e, principalmente quando chega visita aqui em casa, gosta de se exibir, com malabarismos e equilibrando-se nos móveis e na rede. Na cadeira de balanço, por exemplo, ele fica bastante tempo testando em que ponto, com o peso do corpo, ela para de se mover”, disse.

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