Cotidiano

TV 3.0 chega ao Brasil: Lula assina decreto que inaugura nova geração da TV aberta

Segundo o governo, as primeiras transmissões devem começar no primeiro semestre de 2026, a partir das grandes capitais

Ana Clara Durazzo

Publicado em 27/08/2025 às 13:32

Atualizado em 27/08/2025 às 13:40

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Segundo o governo, a TV 3.0 funcionará sem necessidade de internet, apenas com antena externa ou interna / Reprodução/Canal Gov

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Nesta quarta-feira (27), o presidente Lula assinou o decreto DTV+, que regulamenta a TV 3.0, marcando um novo capítulo para a televisão aberta no Brasil. A tecnologia traz imagens em ultra-alta definição (4K e 8K), som imersivo e recursos de interatividade em tempo real, aproximando a experiência gratuita da TV aberta à dos serviços de streaming.

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Segundo o governo, as primeiras transmissões devem começar no primeiro semestre de 2026, a partir das grandes capitais. A expansão para todo o país será gradual e deve levar entre 10 e 15 anos.

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Transição gradual

O ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho, afirmou que a transição será escalonada, permitindo a convivência entre o sinal digital atual e o novo sistema.

'A implantação será gradual, com um período de convivência entre o sinal da TV digital e o da TV 3.0 por 10 a 15 anos, podendo ser prorrogado', explicou.

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Ele destacou ainda que os usuários não precisarão trocar de TV imediatamente, já que haverá compatibilidade com equipamentos atuais por meio de conversores.

Salto tecnológico e inclusão

O presidente do Fórum Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD), Raymundo Barros, destacou que o avanço representa um salto de qualidade gratuito para o telespectador.

'A TV aberta reafirma seu papel como motor da transformação social', disse.

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Já o presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Flavio Lara Resende, ressaltou que a inovação é essencial para manter a competitividade da TV aberta. O setor, segundo ele, defende políticas públicas que facilitem o acesso da população de baixa renda aos receptores compatíveis.

O presidente da Abratel, Márcio Novaes, destacou outro diferencial: a possibilidade de assistir à TV 3.0 em celulares, de forma gratuita e sem consumir pacote de dados.

Experiência do usuário

Com a nova geração, o telespectador poderá personalizar a experiência de consumo:

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Escolher câmeras em reality shows ou partidas de futebol;

Receber informações locais de trânsito e clima no telejornal;

Reorganizar ícones de canais em formato de aplicativo, similar ao streaming;

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Ouvir transmissões esportivas com narrações segmentadas, como apenas o áudio da torcida de preferência.

Além disso, a TV 3.0 permitirá publicidade personalizada, segmentada por interesse e localização, sem cobrança ao espectador.

Soberania e destaque da TV aberta

O ministro da Secretaria de Comunicação (Secom), Sidônio Palmeira, destacou o caráter estratégico da mudança.

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'Esse avanço tecnológico também trata da soberania nacional. Os canais de TV aberta devem ter o mesmo destaque que os demais, sem ficarem escondidos por parcerias comerciais', disse.

Como será a adaptação

Para usufruir da tecnologia, inicialmente será necessária a compra de um set-top box (caixinha). A meta, no entanto, é que os novos televisores já saiam de fábrica com a tecnologia integrada.

Segundo o governo, a TV 3.0 funcionará sem necessidade de internet, apenas com antena externa ou interna. Porém, a conexão online ampliará as opções de conteúdo e interatividade.

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