O contrato prevê 30 anos de concessão, ao término dos quais o ativo retornará à União / Divulgação
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Depois de mais de um século de expectativas, o túnel que ligará Santos e Guarujá chega a um dos momentos mais decisivos de sua história. Nesta sexta-feira (5), após alguns impasses com o Ministério Público, a Bolsa de Valores de São Paulo (B3) sediará o leilão que definirá a empresa responsável pela construção e operação da obra, considerada estratégica para a Baixada Santista e para o Porto de Santos.
O investimento, estimado em R$ 6,8 bilhões, será financiado pela União, por meio da Autoridade Portuária de Santos (APS), com aporte complementar do governo estadual. O contrato prevê 30 anos de concessão, ao término dos quais o ativo retornará à União.
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Duas empresas disputam a execução do projeto, cuja primeira licença ambiental foi concedida ainda na gestão de Geraldo Alckmin, hoje vice-presidente da República.
Atualmente, cerca de 80 mil pessoas cruzam diariamente o canal entre as duas cidades, utilizando o sistema de balsas, que chega a transportar 27 mil veículos por dia.
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Caminhões que precisam desviar por mais de 40 quilômetros terão o percurso reduzido para menos de um quilômetro, diminuindo o tempo de viagem de 40 minutos para pouco mais de um minuto.
Além da agilidade, a obra deve gerar impacto ambiental positivo. Estima-se que 70 mil toneladas de CO deixem de ser lançadas na atmosfera a cada ano, graças à redução no deslocamento de aproximadamente cinco mil caminhões que hoje percorrem rotas alternativas.
O Porto de Santos também será diretamente beneficiado. A travessia de cargueiros não terá mais que dividir espaço com as balsas, aumentando a segurança da navegação.
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A ligação seca permitirá a expansão das operações portuárias na margem esquerda, além de apoiar a instalação do novo terminal de contêineres Tecon Santos 10, com capacidade para 3,5 milhões de TEUs, projetando o complexo entre os 20 maiores do mundo.
Com a integração das nove cidades da Região Metropolitana da Baixada Santista, o túnel deve impactar a vida de cerca de dois milhões de pessoas por dia, fortalecendo a economia local e nacional e transformando a mobilidade regional.