Cotidiano
Os achados foram feitos na cidade de Coromandel, no interior de Minas Gerais, que é uma das quatro áreas produtoras de diamantes brutos em atividade no país
O diamante bruto de Coromandel se formou a partir de kimberlitos, rochas raras que se originam a partir do resfriamento lento do magma no interior da Terra / Reprodução/Redes Sociais
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A cidade de Coromandel, no interior de Minas Gerais, fica a 400 km de Belo Horizonte e tem quase 30 mil habitantes. A região ganhou destaque após o segundo maior diamante já encontrado no país ser achado na cidade.
Segundo a Agência Nacional de Mineração (ANM), os três maiores diamantes brasileiros foram encontrados no município. Coromandel é uma das quatro áreas produtoras de diamantes brutos em atividade no país. As outras três estão localizadas na Bahia, no Piauí e no Mato Grosso.
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Recentemente, jovens acharam um diamante de R$ 36 mi, mas ficam com uma pequena parte do valor.
O diamante bruto de Coromandel se formou a partir de kimberlitos, rochas raras que se originam a partir do resfriamento lento do magma no interior da Terra.
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Segundo o geólogo da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), Daniel Fernandes, a origem dessas pedras preciosas é dividida em dois tipos principais: primária e secundária, ambas ligadas a eventos naturais ocorridos há milhões de anos.
A chamada origem primária diz respeito à formação dos diamantes em kimberlitos, rochas raras que se formam a partir do resfriamento lento do magma no interior da Terra.
Com o tempo, essas rochas se rompem e liberam diamantes, que são transportados para estruturas conhecidas como paleocanais, espécie de antigos leitos fluviais subterrâneos.
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Esses paleocanais concentram os diamantes que, por sua vez, enriquecem o solo da região de forma natural. Esse processo é justamente o que torna Coromandel um dos pontos mais valiosos para a mineração de gemas no Brasil.
Já a origem secundária envolve a movimentação dos diamantes ao longo do tempo. Por estarem sujeitos a processos naturais como erosão e ação da água, essas pedras acabam "rolando" e se deslocando, o que dificulta sua localização precisa.
Durante o processo de lapidação do diamante pode mudar de cor, visto que eles tem a composição formada de carbono. Quanto mais puro for o diamante, maior será a transparência e o valor.
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Contudo, a pureza é algo extremamente rara na natureza porque pode ser que a gema seja contaminada pelos elementos químicos presentes ao redor.
Além disso, os diamantes podem ter todas as cores do arco-íris, dependendo do elemento químico pelo qual ele é contaminado durante a formação. A cor pode variar, ainda, conforme as regiões brasileiras, uma vez que cada uma delas tem o solo rico em determinado elemento.
Diversos compradores já tiveram prejuízo ao comprarem um diamante e ele mudar de cor após a lapidação. O fenômeno ocorre porque grande parte das gemas apresenta uma capa de alteração hidrotermal, capa de cloritização ou outro nome a depender do elemento químico pelo qual a capa é formada.
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Durante a lapidação essa capa é perdida e é quando o diamante pode mudar de cor, ficando branco ou amarelado.
Logo, é a cor que determina o valor do diamante de acordo com a pureza, ou seja, quanto mais transparente for o diamante, mais caro ele será. A fluorescência da pedra também interfere na avaliação, uma vez que diamantes mais caros apresentam menor fluorescência.
Para calcular o valor de um diamante, p primeiro fator considerado é peso em quilates. Depois, a transparência e a pureza também são fatores importantes, porque resultam em uma gema lapidada de alto valor.
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A cor também interfere diretamente, já que os diamantes existem em praticamente todas as cores do arco-íris, e algumas são mais valiosas que outras.
A pedra encontrada em Coromandel foi avaliada em R$ 16 milhões, segundo a prefeitura municipal.