Cotidiano

Três castelos monumentais revelam um trajeto com clima europeu a poucos minutos da capital

Ilha Fiscal, Itaipava e Castelo Mourisco podem ser visitados em um percurso de pouco mais de duas horas; passeio reúne Império, Belle Époque e ciência moderna

Ana Clara Durazzo

Publicado em 21/11/2025 às 10:00

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O Castelo de Itaipava é conhecido por ser o único castelo medieval das Américas construído inteiramente com pedras talhadas à mão / Reprodução/Castelo Itaipava

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Poucos imaginam, mas o estado do Rio de Janeiro abriga três castelos monumentais, carregados de história e abertos ao público. Em pouco mais de duas horas de deslocamento, é possível percorrer um roteiro que vai do coração da Baía de Guanabara às montanhas de Petrópolis, revisitando festas imperiais do século XIX, o charme europeu da Belle Époque e o avanço científico do início do século XX.

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O trio, Castelo da Ilha Fiscal, Castelo de Itaipava e Castelo Mourisco, forma uma verdadeira viagem no tempo, combinando arquitetura, curiosidades e episódios fundamentais na construção da identidade brasileira.

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Castelo da Ilha Fiscal: o palco do último baile do Império

Erguido na Baía de Guanabara e inaugurado em 1889, o Castelo da Ilha Fiscal é um dos edifícios mais emblemáticos da história nacional. O local ficou eternizado como cenário do último baile do Império, realizado dias antes da Proclamação da República.

Projetado pelo engenheiro Adolpho José Del Vecchio, o castelo impressiona com sua arquitetura neogótica, vitrais coloridos, torres elegante e ambientes que remetem à realeza europeia. Hoje, a construção é administrada pela Marinha do Brasil e abriga um museu dedicado à história naval e ao fim do período imperial.

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As visitas guiadas partem do Espaço Cultural da Marinha, na Praça XV, e incluem o trajeto de barco até a ilhota.

Castelo de Itaipava: o medieval brasileiro feito à mão

A 90 minutos da capital, na serra de Petrópolis, está o Castelo de Itaipava, conhecido por ser o único castelo medieval das Américas construído inteiramente com pedras talhadas à mão.

Idealizado na década de 1920 pelo barão J. Smith de Vasconcellos, o projeto foi inspirado em fortalezas europeias e contou com artesãos estrangeiros e materiais importados. O resultado é um cenário digno de contos de cavalaria, com muralhas, torres e salões que encantam turistas.

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Hoje, o local funciona como espaço para eventos, casamentos, hospedagens temáticas e visitas culturais. Além dos jardins e salões históricos, o castelo recebe feiras e exposições que celebram a estética medieval.

Castelo Mourisco: a joia árabe da ciência brasileira

Na zona norte do Rio, em Manguinhos, encontra-se o Castelo Mourisco, uma das construções mais deslumbrantes e simbólicas do país. Inaugurado em 1918, o edifício foi idealizado pelo sanitarista Oswaldo Cruz como marco da modernização científica do Brasil e da consolidação da saúde pública.

Projetado pelo arquiteto Luís Moraes Júnior, o castelo mistura elementos neomouriscos e árabes, com cúpulas ornamentadas, mosaicos coloridos e fachadas que remetem à arquitetura islâmica. A construção abriga até hoje a sede da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e parte de seu acervo histórico.

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As visitas são realizadas em dias específicos e exigem agendamento prévio, devido ao caráter científico e institucional do espaço.

Um roteiro histórico em duas horas

O percurso completo entre os três castelos — do centro histórico ao bairro de Manguinhos, chegando depois a Petrópolis — oferece uma experiência rara no país: três períodos da história brasileira narrados por três monumentos completamente distintos.

Para quem aprecia arquitetura, história, turismo cultural e curiosidades do Brasil, o roteiro é um prato cheio. Em poucas horas, o visitante transita por mundos diferentes: o requinte do Império, o medievalismo romântico dos anos 1920 e a ciência que abriu caminho para a saúde pública moderna.

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Três castelos, três épocas e um único destino: o Rio de Janeiro como você nunca viu.

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