O que se decide nos EUA costuma influenciar os rumos da plataforma em escala global / Pexels/cottonbro studio
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O futuro do TikTok nos Estados Unidos parecia incerto há meses, diante da pressão política para que a controladora chinesa, ByteDance, se desfizesse do aplicativo no país. Agora, com a confirmação de que investidores americanos assumirão a operação, a rede social deve seguir funcionando para os mais de 170 milhões de usuários norte-americanos.
A decisão não afeta diretamente quem usa o app no Brasil, mas especialistas apontam que mudanças no modelo de gestão e no controle do algoritmo podem refletir no restante do mundo.
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Afinal, o que se decide nos EUA costuma influenciar os rumos da plataforma em escala global.
As autoridades americanas alegaram riscos à segurança nacional, sustentando que os dados de usuários poderiam ser acessados pelo governo chinês.
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Após meses de impasse, o acordo prevê que um grupo de investidores dos EUA, com empresas de tecnologia e figuras de peso no setor, controle a versão americana do TikTok.
Segundo a ordem executiva assinada, a ByteDance manterá menos de 20% da nova companhia. Além disso, o algoritmo que define os vídeos exibidos no feed passará a ser operado por norte-americanos, com auditoria e monitoramento de segurança contínuos.
Para os brasileiros, a principal mudança não será imediata. O TikTok segue disponível normalmente e com a mesma experiência de navegação.
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Porém, se o modelo de um algoritmo “exclusivo” para os Estados Unidos se consolidar, pode haver impactos na forma como conteúdos brasileiros são distribuídos e recomendados no exterior.
Criadores que dependem da visibilidade global da plataforma podem ser os mais afetados. Isso porque a separação entre os sistemas de recomendação pode reduzir o alcance internacional de vídeos produzidos no país.
Outro ponto em debate é a possibilidade de ajustes nas regras de publicidade, já que grandes anunciantes tendem a alinhar estratégias com o mercado norte-americano.
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Ainda não há definição sobre se o novo TikTok dos EUA será idêntico ao atual ou se trará diferenças na prática. A incerteza gera receio de fragmentação da plataforma, algo que pode comprometer sua força como rede social global.
Para o Brasil, a expectativa é que, ao menos a curto prazo, nada mude no acesso ou na utilização cotidiana.
Mas a movimentação reforça a tendência de maior regulamentação e vigilância sobre aplicativos de origem estrangeira, algo que também pode ganhar espaço no debate público nacional.
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