Cotidiano

'Temos a certeza de que Itanhaém vai retomar a economia', afirma prefeito

A afirmação é dee Tiago Cervantes (PSDB), de 43 anos, ao falar sobre as perspectivas de desenvolvimento econômico da Cidade

Nayara Martins

Publicado em 22/04/2021 às 12:20

Atualizado em 22/04/2021 às 12:33

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Tiago Cervantes (PSDB), de 43 anos, em entrevista ao Diário do Litoral / Nair Bueno/DL

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O prefeito de Itanhaém Tiago Cervantes (PSDB), de 43 anos, em entrevista ao Diário do Litoral, fala sobre as perspectivas de crescimento da Cidade que completa 489 anos de emancipação político administrativa, nesta quinta-feira, dia 22.

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Cita ainda os investimentos a serem feitos nas áreas da infraestrutura urbana, da saúde, da educação, do planejamento e do turismo. E pede a colaboração dos munícipes, para que a Cidade possa sair desta fase de pandemia da Covid-19 e retomar a economia.       

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Diário do Litoral - Quais são os investimentos na área de infraestrutura urbana?

Tiago Cervantes – Os investimentos poderiam ser maiores, mas por conta da pandemia tivemos que rever as prioridades neste momento. Desde que assumimos em janeiro, procuramos atender os serviços mais cobrados pela população. Temos priorizado a área da Saúde, mas não deixaremos de cumprir outros compromissos.

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Uma das obras é a reforma da ponte do Rio do Poço, na rua dos Fundadores, uma área comercial importante no Belas Artes. Já estava programada desde o ano passado e começou no último dia 12. A previsão é de ser concluída em até quatro meses. O objetivo é de aumentar a vazão das águas do rio do Poço.

Já programamos várias obras de drenagem nos bairros mais afetados pelas enchentes. Outra é a do Jardim Oásis, na entrada da rua Emídio de Souza, um dos bairros mais populosos. A da Curva do Índio, no Jardim Coronel, também já tem o projeto pronto. Na região fizemos uma limpeza do rio Cavuçu para dar mais vazão às águas. A ideia é elevar a parte da estrada e colocar tubulação maior. A licitação da obra está prevista para este mês.

Sobre o canal na avenida São Paulo, no Cibratel I, o projeto, ao ser executado em parceria com a Fehidro e a prefeitura, teve uma previsão errônea e não contemplava uma parte. A Administração está revendo o projeto e o canal que seria de forma subterrânea, deve ser aberto, pois terá um impacto e um custo menor e a manutenção é mais fácil.  

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Outras áreas a serem atendidas com a drenagem são a avenida Cabuçu, no bairro Nossa Senhora do Sion, no Jardim Fazendinha e no Jardim Anchieta, próximos ao rio Campininha.

DL - Na área da Saúde, quais são as ações para agilizar o atendimento aos pacientes de Covid-19 e as vacinas? Quando será entregue a USF do bairro Guapurá?

TC – Nossa atuação tem sido bastante efetiva no combate à Covid-19 no município. A nova secretária de Saúde assumiu em março e já fizemos alterações na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), que hoje é o nosso centro de referência. Mudamos o atendimento de urgência infantil da UPA para o Centro de Especialidade Médica e a UPA abriu mais cinco leitos na urgência aos pacientes adultos. O Hospital Regional ampliou o atendimento, e passou de 10 para 20 leitos na UTI e de 11 para 20 leitos na enfermaria.

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Quanto às vacinas, recebemos dos governos estadual e federal. Não deixamos de receber as doses, mas o problema é que eles fizeram um cálculo antigo da população pela faixa etária e, hoje, temos a falta de vacinas em determinadas faixas etárias.

Há uma defasagem de mais de 2.700 doses, mas isso ocorre em toda a Baixada Santista e estamos cobrando da Secretaria Estadual de Saúde. Iniciamos a vacinação na Educação acima de 47 anos, das redes municipal, particular e estadual. 

Participamos de dois consórcios para a compra de vacinas, o nacional, com a autorização do Legislativo e o dos municípios da Baixada Santista. Itanhaém deve adquirir 25 mil imunizações da Sputnik, mas tem que aguardar a autorização da Anvisa.

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A construção da Unidade de Saúde no Guapurá já foi retomada, mas a previsão é de ser concluída até o primeiro semestre de 2022. Vamos investir na atenção especializada, na contratação de novos profissionais e na informatização dos serviços da Saúde para agilizar os atendimentos.                      

DL - Na Educação, como estão as iniciativas para o retorno das aulas presenciais nas redes municipal e particular?

TC – O retorno das atividades presenciais é bastante temerário, apesar de já estarmos vacinando os profissionais da Educação. Entendo a necessidade de um retorno porque o aprendizado está sendo prejudicado. Na última semana, em consenso com o Ministério Público, decidimos pelo retorno das aulas presenciais no dia 26 deste mês, de forma parcial com até 35 % dos alunos, e continuar com as aulas remotas.

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Na rede privada, no último decreto do dia 12, já foi autorizada a volta às aulas presenciais, com 35% dos alunos e cumprindo os protocolos sanitários. Os profissionais da rede particular estão sendo testados para ter uma segurança maior.   

DL – Quais são as ações no desenvolvimento econômico? E na área de planejamento urbano?

TC- Nosso maior desafio hoje é salvar vidas, mas a questão econômica do município também nos preocupa, porque à medida que a cidade não tem arrecadação, dificulta a prestação de serviços municipais. Já formamos um grupo de discussão e também com a Associação Comercial, a Associação dos Engenheiros, a OAB e outras entidades para buscar um caminho.

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Acredito que a construção civil é a atividade econômica que mais rapidamente faz girar a economia de qualquer setor. Itanhaém depende da vinda de grandes investidores para a geração de empregos. A cidade tem um potencial enorme, mas precisamos nos organizar para discutir as metas em relação ao turismo e à área da construção civil.

Vamos iniciar, ainda neste semestre, a atualização de leis importantes que vão impactar no crescimento da Cidade. Temos a obrigação de atualizar as leis, conforme o Plano Diretor e pedimos um prazo ao Ministério Público e à Câmara Municipal. Já sabemos quais são as prioridades para o crescimento e iremos atualizar as leis até o final deste ano.

Outra questão é a duplicação e a concessão da rodovia Padre Manoel da Nóbrega, que estão sendo discutidas pelo Governo do Estado. Provavelmente teremos na região as praças de pedágio. Precisamos estar atentos, já que há o lado positivo e o negativo. E saber qual será o tipo de investimento na rodovia e se terá impactos nos bairros. Haverá discussões públicas sobre o assunto este ano. E a atualização na lei de Uso e Ocupação do Solo deve considerar essas ações.             

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DL - Como está sendo o atendimento às famílias mais carentes do município?

TC – Há uma grande preocupação com essas famílias e, com a pandemia, a situação se agravou bastante. Gostaríamos de ter uma condição financeira melhor para que pudéssemos dar um auxílio emergencial em pecúnia, mas ainda não temos. O auxílio está sendo feito com a entrega de cestas básicas.

Neste mês, serão entregues 1.000 cestas básicas, mas temos que pensar no futuro para que as famílias possam sair desta situação. Hoje temos 40% da população cadastradas no Cadúnico do governo federal.

Em Itanhaém, são cerca de 9 mil famílias que recebem algum tipo de auxílio. O Fundo Social de Solidariedade atua em parceria com outras entidades para a doação de alimentos. O município está adquirindo cestas básicas e aguarda uma parceria com o governo estadual.           

DL - Quando será publicado o edital de licitação para contratar a empresa de transporte?

TC – O edital de licitação para a escolha da empresa de transporte definitiva vai sair até o final deste mês. A empresa Expresso Fênix, que realiza o serviço de transporte coletivo de forma emergencial, foi contratada em dezembro, por um prazo de seis meses. As empresas habilitadas podem participar do edital de licitação definitivo. 

DL - No turismo quais as ações para incentivar o retorno das atividades?

TC – Por conta da pandemia suspendemos todas as atividades e até a programação de aniversário da Cidade foi suspensa. O calendário oficial de eventos está sendo estudado para o próximo ano. As ações de organização no setor continuam sendo discutidas. A previsão para a próxima temporada de verão, em dezembro, é de estar com os pontos turísticos em condições de recepcionar os turistas. A intenção é que os turistas venham e retornem a Itanhaém.          

DL - Qual é a perspectiva de crescimento para este ano?    

TC – Neste momento delicado devido à dificuldade econômica, o País vive incertezas até em relação à política. Isso tem impactado em investimentos em todos os setores.

Todos estão cansados por estarem há mais de um ano na pandemia, mas precisamos de um fôlego ainda maior. A população deve fazer a sua parte, usar máscaras, evitar aglomerações e, sempre que possível, higienizar as mãos. A economia em Itanhaém não está como gostaríamos, mas estamos nos organizando para, no futuro, apresentar propostas que vão impactar no crescimento da Cidade.

Peço à população que nos dê crédito e, ao mesmo tempo, confie no trabalho da Administração. Temos a certeza de que Itanhaém vai retomar a economia, assim que a pandemia permitir.

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