Mesmo após a recuperação, o vírus pode permanecer ativo nas fezes por até quatro semanas, facilitando novos surtos em locais como escolas e creches / Divulgação/DGCI/Saps/Ministério da Saúde
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A cidade de Ocauçu, no interior de São Paulo, enfrenta um surto de doença mão-pé-boca (DMPB), infecção viral altamente contagiosa que atinge principalmente crianças. De acordo com a Prefeitura, 25 casos foram confirmados nos primeiros dez dias de setembro, todos em menores de cinco anos.
O município vem monitorando a situação e divulgou orientações pelas redes sociais, pedindo que pais e responsáveis levem os pequenos com sintomas para atendimento médico e que os casos sejam notificados ao sistema de saúde, sobretudo em creches, onde a transmissão é mais rápida.
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A Doença Mão-Pé-Boca é causada por enterovírus, como o Coxsackie A16, e costuma afetar crianças menores de cinco anos, embora possa ocorrer em adolescentes e adultos.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a DMPB geralmente tem evolução leve, mas sua alta transmissibilidade exige cuidados redobrados.
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Febre e mal-estar;
Dores no corpo e perda de apetite;
Lesões avermelhadas ou bolhas nas mãos, pés, boca e, em alguns casos, nádegas e região genital;
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Aftas ou úlceras dolorosas na boca, que dificultam a alimentação.
As erupções cutâneas podem ser dolorosas, mas costumam cicatrizar em até 10 dias sem deixar marcas.
A doença é transmitida principalmente pela via fecal-oral e por contato direto com:
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Saliva e secreções respiratórias;
Fezes contaminadas;
Objetos e alimentos contaminados;
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Gotículas de ar expelidas ao tossir ou espirrar.
Mesmo após a recuperação, o vírus pode permanecer ativo nas fezes por até quatro semanas, facilitando novos surtos em locais como escolas e creches.
A principal forma de evitar a doença é a higiene frequente das mãos com água e sabão, especialmente após ir ao banheiro, trocar fraldas ou antes das refeições. Outras medidas incluem:
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Limpar e desinfetar brinquedos, superfícies e objetos de uso coletivo;
Manter crianças doentes afastadas da escola ou creche até a melhora completa dos sintomas;
Não compartilhar copos, talheres e objetos pessoais;
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Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar.
Não existe tratamento específico para a mão-pé-boca. O acompanhamento médico busca aliviar os sintomas e evitar complicações, como a desidratação. As recomendações são:
Hidratação constante: oferecer muita água e líquidos gelados;
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Alimentação leve: priorizar alimentos pastosos e frios, como sopas, purês e iogurtes, que reduzem o desconforto;
Alívio da dor: uso de antitérmicos e analgésicos sob orientação médica;
Procura por atendimento: levar a criança à Unidade Básica de Saúde (UBS) caso as lesões na boca impeçam a alimentação ou haja febre persistente.
Com o surto em andamento, a Prefeitura de Ocauçu reforça que a colaboração dos pais e responsáveis é essencial para conter a propagação da doença, garantindo atenção médica precoce e cumprimento das medidas de higiene.