Cotidiano

Surto de doença viral altamente contagiosa atinge cidade do interior de SP

De acordo com a Prefeitura, 25 casos foram confirmados nos primeiros dez dias de setembro, todos em menores de cinco anos

Ana Clara Durazzo

Publicado em 22/09/2025 às 11:25

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Mesmo após a recuperação, o vírus pode permanecer ativo nas fezes por até quatro semanas, facilitando novos surtos em locais como escolas e creches / Divulgação/DGCI/Saps/Ministério da Saúde

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A cidade de Ocauçu, no interior de São Paulo, enfrenta um surto de doença mão-pé-boca (DMPB), infecção viral altamente contagiosa que atinge principalmente crianças. De acordo com a Prefeitura, 25 casos foram confirmados nos primeiros dez dias de setembro, todos em menores de cinco anos.

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O município vem monitorando a situação e divulgou orientações pelas redes sociais, pedindo que pais e responsáveis levem os pequenos com sintomas para atendimento médico e que os casos sejam notificados ao sistema de saúde, sobretudo em creches, onde a transmissão é mais rápida.

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O que é a doença

A Doença Mão-Pé-Boca é causada por enterovírus, como o Coxsackie A16, e costuma afetar crianças menores de cinco anos, embora possa ocorrer em adolescentes e adultos.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a DMPB geralmente tem evolução leve, mas sua alta transmissibilidade exige cuidados redobrados.

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Sintomas mais comuns

Febre e mal-estar;

Dores no corpo e perda de apetite;

Lesões avermelhadas ou bolhas nas mãos, pés, boca e, em alguns casos, nádegas e região genital;

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Aftas ou úlceras dolorosas na boca, que dificultam a alimentação.

As erupções cutâneas podem ser dolorosas, mas costumam cicatrizar em até 10 dias sem deixar marcas.

Como ocorre a transmissão

A doença é transmitida principalmente pela via fecal-oral e por contato direto com:

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Saliva e secreções respiratórias;

Fezes contaminadas;

Objetos e alimentos contaminados;

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Gotículas de ar expelidas ao tossir ou espirrar.

Mesmo após a recuperação, o vírus pode permanecer ativo nas fezes por até quatro semanas, facilitando novos surtos em locais como escolas e creches.

Prevenção

A principal forma de evitar a doença é a higiene frequente das mãos com água e sabão, especialmente após ir ao banheiro, trocar fraldas ou antes das refeições. Outras medidas incluem:

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Limpar e desinfetar brinquedos, superfícies e objetos de uso coletivo;

Manter crianças doentes afastadas da escola ou creche até a melhora completa dos sintomas;

Não compartilhar copos, talheres e objetos pessoais;

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Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar.

Tratamento e cuidados

Não existe tratamento específico para a mão-pé-boca. O acompanhamento médico busca aliviar os sintomas e evitar complicações, como a desidratação. As recomendações são:

Hidratação constante: oferecer muita água e líquidos gelados;

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Alimentação leve: priorizar alimentos pastosos e frios, como sopas, purês e iogurtes, que reduzem o desconforto;

Alívio da dor: uso de antitérmicos e analgésicos sob orientação médica;

Procura por atendimento: levar a criança à Unidade Básica de Saúde (UBS) caso as lesões na boca impeçam a alimentação ou haja febre persistente.

Com o surto em andamento, a Prefeitura de Ocauçu reforça que a colaboração dos pais e responsáveis é essencial para conter a propagação da doença, garantindo atenção médica precoce e cumprimento das medidas de higiene.

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