Cotidiano

Sucesso da Netflix impulsiona Santos como polo de produções audiovisuais

Cidade já recebeu mais de mil gravações em duas décadas e se destaca pela infraestrutura, cenários históricos e apoio técnico da Santos Film Commission

Luana Fernandes Domingos

Publicado em 21/06/2025 às 07:00

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DNA do Crime, gravada em Santos, está em alta na Netflix / Reprodução

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Em alta na Netflix com a segunda temporada de DNA do Crime, série baseada em assaltos reais a bancos e seguradoras, Santos ganha destaque não apenas pelo roteiro, mas por ser pano de fundo de uma das produções mais vistas do país. A cidade do litoral paulista serviu como cenário para representar um assalto ocorrido em Araçatuba (SP), com gravações no Palácio José Bonifácio e na Praça Mauá, no Centro Histórico.

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A escolha não foi por acaso. O edifício da Prefeitura, por exemplo, construído em 1937 e inaugurado em 1939, mantém arquitetura e decoração originais, sendo considerado um “achado” para profissionais de vídeo e cinema. Além disso, a cidade oferece uma variedade de paisagens — do porto à orla, passando por casarões do Império — que ampliam as possibilidades criativas das produções.

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No último dia 19 de junho, Dia do Cinema Brasileiro, a cidade comemorou ainda os 20 anos da Santos Film Commission, criada para atrair e apoiar produções audiovisuais. “O audiovisual é uma das bases da economia criativa, e eu vejo a economia criativa como uma das formas de mudar, transformar a vida das pessoas. É necessário, cada vez mais, encararmos o cinema como indústria”, afirmou o prefeito Rogério Santos.

De acordo com o órgão, Santos já foi "transformada" em cidades como Rio de Janeiro, Salvador, Maranhão, Nova Délhi e até vilas italianas. Entre os números que comprovam a força do setor estão 284 filmes publicitários, 42 longas-metragens, 76 obras com incentivos fiscais, 68 clipes, 63 documentários, 24 séries e sete novelas. O auge veio em 2007, com a gravação de novelas e minisséries da Globo.

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O reconhecimento é global: em 2024, Santos integrou o catálogo do Festival de Cannes, como uma das dez cidades selecionadas pela São Paulo State Film Commission para divulgar locações promissoras no Brasil. “Temos 20 anos de história e o nosso maior objetivo é sempre ampliar o nosso trabalho, tanto para oferecer um serviço melhor aos que utilizam quanto para continuar fomentando o mercado do cinema de Santos”, afirmou a coordenadora da Santos Film Commission, Maria Francisca Romão.

A atuação do órgão vai da articulação com a CET para interdições até a indicação de profissionais locais. Isso impulsionou a criação de uma cadeia produtiva que inclui figurantes, produtoras, seguranças e empresas de apoio. Segundo a Spcine, cada R$ 1 investido em produções rende, em média, R$ 20 à economia local. Desde 2005, Santos já movimentou mais de R$ 12 milhões por meio do audiovisual.

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