Cotidiano
Um planejamento para a proibição do uso das substâncias químicas eternas, conhecidas como PFAS, já começou a ser feito em vários países do mundo
PFAS são produtos químicos sintéticos usados na indústria para a fabricação de vários produtos / Ron Lach/Pexels
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Alguns produtos que usamos em nossa cozinha, banheiro e armário podem conter substâncias sujeitas à contaminação no corpo humano, no solo e em águas subterrâneas, conhecidas popularmente como PFAS ("substâncias químicas eternas").
No entanto, segundo o site Rynekzdrowia.pl, a União Europeia está colocando em prática um planejamento para a proibição do seu uso.
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Os PFAS são produtos químicos sintéticos usados diariamente na indústria para a fabricação de vários produtos. Eles costumam proteger contra água, gordura e altas temperaturas e, por isso, podem ser encontrados em roupas esportivas, utensílios de cozinha antiaderentes, cosméticos e embalagens de alimentos.
Por serem indestrutíveis, acabam se acumulando no corpo e no meio ambiente. Nesse cenário, a Agência Europeia de Produtos Químicos alerta que sua presença a longo prazo está associada a doenças hepáticas e renais, distúrbios hormonais e câncer.
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Os produtos que levam PFAS são diversos, e a maioria deles é usada no dia a dia. Entre eles estão frigideiras e potes com Teflon, assadeiras comuns e com revestimento antiaderente, acessórios de cozinha de silicone mais baratos, embalagens de papel para fast food, papel-manteiga para assar e sacos para pipoca de micro-ondas.
Além destes, também podem conter PFAS: garrafas PET, folhas de alimentos, máscaras à prova d’água, delineadores, bases, protetores solares, batons, protetores labiais, antitranspirantes, capas de chuva, roupas esportivas com membrana, toalhas de mesa e tapetes resistentes a manchas.
A regulamentação já começou a ser feita em Bruxelas, onde a proibição do uso de PFAS pode entrar em vigor mais cedo que o previsto. Nesse cenário, as indústrias de cosméticos, têxteis, eletrodomésticos e eletrônicos devem procurar novas soluções e matérias-primas seguras.
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Em setores como aviação e energia, as regulamentações entrarão em vigor mais tarde, pois os PFAS dificilmente conseguirão ser substituídos.
Por conta do avanço dos estudos sobre os efeitos dos PFAS, em território brasileiro o seu uso já foi reduzido.
Empresas vêm utilizando técnicas como a osmose reversa, processos oxidativos avançados, uso de carvão ativado granular e resinas de troca iônica para o tratamento de água no Brasil e no exterior, visando à remoção dos PFAS.
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Mesmo assim, para evitar a contaminação diariamente, opte por trocar panelas revestidas de Teflon por aço inoxidável, ferro fundido ou cerâmica.
Para armazenar alimentos, use vidro, porcelana e aço. Nos cosméticos, evite os ingredientes terminados em “-fluoro” e “PTFE”.
Escolha materiais naturais em tecidos, como algodão, linho e lã, além de limitar o consumo de comida para viagem em embalagens de papel e papelão.
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