Feitas de vidro temperado, as louças Duralex combinam resistência e presença marcante nas casas brasileiras desde meados do século XX / Reprodução
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Você certamente já viu — ou até possui — um prato Duralex em sua cozinha. Antes sinônimo de simplicidade, hoje essas peças podem ser vendidas por até R$ 500, transformando-se em verdadeiros tesouros para colecionadores.
Feitas de vidro temperado, as louças Duralex combinam resistência e presença marcante nas casas brasileiras desde meados do século XX.
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O clássico produto nasceu na França, em 1945, criado pela Saint-Gobain.
Ao apresentar o vidro temperado, recebeu o nome de uma expressão latina:Dura lex, sed lex — “a lei é dura, mas é a lei”. Cinco anos depois, a marca desembarcou no Brasil, e, na década de 1980, passou a produzir suas peças localmente.
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A famosa cor âmbar, símbolo de simplicidade e da vida da classe média, sempre teve a reputação de ser praticamente inquebrável, mantendo sua durabilidade por anos quando bem cuidada.
O primeiro “sucesso” da Duralex foi sentimental. Em grande parte das casas brasileiras, os pratos e copos da marca marcaram presença constante em almoços e cafés da tarde.
Hoje, entretanto, a fama se transformou. No mercado de colecionadores, a linha âmbar, fora das fábricas brasileiras há 13 anos, tornou-se rara e valiosa. Dependendo do estado de conservação, da embalagem e da versão, uma peça pode alcançar até R$ 500.
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Como muitas empresas que marcaram a história do país, a Duralex também passou por altos e baixos. A grande expansão ocorreu nos anos 1980, quando a produção local, pela Santa Maria, chegou a empregar 1.500 funcionários e fabricar até 130 milhões de peças por ano.
No entanto, no Brasil, a empresa mudou de mãos várias vezes até ser adquirida por um grupo americano, que reformulou toda a linha comercial. Na França, a crise começou no início dos anos 2000. Com pedidos de recuperação judicial, a matriz acabou se transformando em uma cooperativa, preservando os empregos e a tradição do vidro temperado.
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