A medida ocorre no mesmo dia em que a capital paulista registrou a maior temperatura já observada no mês de dezembro e também o pico de calor de todo o ano de 2025 / Imagem gerada por IA
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O governo do Estado de São Paulo emitiu, nesta quinta-feira (25), um alerta para redução imediata do consumo de água em todo o território paulista, diante da intensificação da onda de calor e da queda no nível dos mananciais que abastecem a Região Metropolitana. A orientação é para que a população adote medidas urgentes de economia, como banhos rápidos e a suspensão do uso de água para fins não essenciais.
Entre as recomendações estão evitar lavar carros e calçadas, não encher piscinas e reduzir o tempo no chuveiro. Segundo o governo, a água deve ser priorizada para alimentação e higiene pessoal, a fim de garantir a regularidade do abastecimento.
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A medida ocorre no mesmo dia em que a capital paulista registrou a maior temperatura já observada no mês de dezembro e também o pico de calor de todo o ano de 2025. Os termômetros chegaram a marcar 35,9 °C na estação meteorológica do Mirante de Santana, na Zona Norte da cidade, superando um recorde que permanecia há quase três décadas.
De acordo com dados da Sabesp, a onda de calor que atinge o estado desde a última semana provocou um aumento de até 60% no consumo de água em algumas regiões. Esse crescimento ocorre em um momento crítico, marcado por um dos menores índices de chuva dos últimos anos, o que agrava a estiagem e reduz a capacidade das represas que abastecem a Grande São Paulo.
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Em nota, o governo informou que monitora continuamente os sistemas de abastecimento em conjunto com a Sabesp, que tem realizado manobras operacionais para preservar o equilíbrio da distribuição. Como medida preventiva, a companhia também reforçou o abastecimento em áreas mais sensíveis, inclusive com o uso de caminhões-pipa em regiões específicas.
Desde agosto, o governo paulista, em parceria com a Arsesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo), determinou a redução da pressão da água durante a noite na Região Metropolitana. Inicialmente, a medida era aplicada das 21h às 5h, por oito horas. A partir de 22 de setembro, o período foi ampliado, passando a ocorrer das 19h às 5h.
Segundo o Estado, essa estratégia de gestão hídrica garante uma economia equivalente a mais de 1,2 milhão de caixas d’água de 500 litros por dia, o que corresponde a cerca de 50,4 mil caixas por hora.
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Diante do cenário crítico, o governo reforçou orientações para reduzir o desperdício dentro de casa:
Banho: um banho de 15 minutos pode consumir até 150 litros de água. Reduzir o tempo para cinco minutos pode gerar economia de até 9 mil litros por mês.
Descarga: verificar vazamentos e evitar jogar papel higiênico no vaso, prevenindo entupimentos e desperdício.
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Cozinha: manter a torneira fechada ao ensaboar a louça e ligá-la apenas para enxaguar. Máquinas de lavar louça devem ser usadas somente quando estiverem cheias.
Lavagem de roupas: acumular o máximo de peças antes de ligar a máquina e reaproveitar a água do enxágue para outras atividades.
Limpeza externa: substituir mangueiras por vassouras para limpar calçadas e quintais. Para lavar o carro, a recomendação é usar balde em vez de mangueira.
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O governo alerta que a colaboração da população é decisiva para evitar impactos mais severos no abastecimento nas próximas semanas, enquanto o estado segue sob influência de temperaturas elevadas e baixa incidência de chuvas.