Cotidiano

Sindest convoca categoria para protesto na sexta contra projeto de Alckmin

O estopim para a convocação do ato público foi o projeto de lei 920-2017, apresentado pelo governador, que formaliza a negociação da dívida do Estado com a União

Da Reportagem

Publicado em 24/10/2017 às 11:02

Compartilhe:

Para Fábio Pimentel, o PL de Alckmin, se aprovado, congelará as chamadas despesas primárias, que, na verdade, são os serviços públicos sociais em saúde, educação e segurança / Rodrigo Montaldi/DL

O Sindicato dos Servidores Estatutários municipais de Santos (Sindest) convoca a categoria para um ato público, às 16 horas desta sexta-feira (27), na Avenida Paulista, 2.163, na capital, diante do escritório da presidência da República.

Estarão presentes sindicatos de servidores e de outras categorias, filiados a diferentes centrais, em protesto contra as políticas trabalhistas, previdenciárias e sociais dos governos federal de Michel Temer (PMDB) e estadual de Geraldo Alckmin (PSDB).

O estopim para a convocação do ato público foi o projeto de lei 920-2017, apresentado pelo governador Geraldo Alckmin, em regime de urgência, à Assembleia Legislativa (Alesp), em 5 de outubro, que formaliza a negociação da dívida do Estado com a União.

“Classificado como o ‘PL da Maldade’, o projeto pretende congelar os salários, as evoluções funcionais, quinquênios e adicional conhecido por sexta-parte dos servidores públicos estaduais por dois anos. E visa também restringir investimentos em serviços públicos”, apontou o Sindest em nota enviada à imprensa.

Dirigente da Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST), o presidente do Sindest, Fábio Marcelo Pimentel, disse que o movimento não se restringe ao funcionalismo estadual e organiza caravanas de sindicatos do interior para a manifestação.

Fim do mundo

O protesto foi marcado na audiência pública da Alesp, na terça-feira (17), com participação de dezenas de sindicatos das centrais NCST, Conlutas, CSP, CTB, CUT, Intersindical e Pública. Mais de 300 trabalhadores e sindicalistas estavam presentes.

Para Fábio, o PL de Alckmin é uma cópia da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 55, de Michel Temer, mais conhecida por PEC do fim do mundo, que congela os gastos com o serviço público federal por 20 anos, já aprovada pelo Congresso Nacional.

Em São Paulo, explica o sindicalista, o projeto, se aprovado, congelará as chamadas despesas primárias, que, na verdade, são os serviços públicos sociais em saúde, educação e segurança, para citar apenas três exemplos.

O presidente do Sindest pondera que “a redução de gastos com pessoal resultará em menos profissionais no atendimento à população e no congelamento salarial, aprofundando o caos em que se encontram os serviços públicos estaduais”.

Segundo Fábio, as isenções fiscais de impostos que o governo deixou de arrecadar, entre 2010 e 2016, causaram perdas de R$ 92 bilhões ao Estado.
Somente em 2017, a cifra foi além de R$ 10 bilhões, segundo números do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

Diário Mais

Há quase 100 anos, 'Crime da Mala' chocava o litoral de SP e repercutia mundo afora

O assassinato brutal de Maria Féa, em Santos, aconteceu em 28 de outubro de 1928

Diário Mais

Bar do Torto completaria 40 anos no litoral de SP

Localizada no Canal 4, em Santos, a antiga casa noturna encerrou as atividades após três décadas de funcionamento

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software

Newsletter