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Cotidiano

Serviço dos Guardas Municipais de Guarujá é reduzido por falta de equipamentos

Falta colete para 200 guardas que tiram do próprio bolso dinheiro para demais equipamentos

Publicado em 13/05/2015 às 11:31

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A falta de equipamentos de proteção individual (EPI´s), principalmente coletes à prova de balas, está obrigando a Guarda Municipal de Guarujá a reduzir o patrulhamento das ruas. Ontem, cerca de 10 viaturas permaneceram estacionadas dentro da sede da Corporação, na Rua Doutor Carlos Neringh, 405, no Jardim Helena Maria, por conta do problema.

Essa foi apenas uma das informações transmitidas pelo guarda municipal Wagner Demétrio, membro de uma comissão de guardas que ontem, às 11 horas, realizou uma manifestação na porta do prédio da Guarda. Ele revelou outras situações, além da questão dos coletes: vencidos e em número insuficiente (somente 100 para os 300 guardas).

“Estamos reivindicando condições melhores de trabalho. Há anos que são comprados apenas 100 coletes. A segurança do trabalho defende coletes individualizados. A Cidade está violenta. Bandido não quer saber. Ele só sabe que está de farda. Estão negligenciando. Não estão tratando o material humano com respeito. Isso é imperícia. Nós pagamos botas, cinturão, tonfa (espécie de bastão), algemas e outros equipamentos. As viaturas não saem mais à noite”, afirma o guarda.

Demétrio informa que a Guarda tem 80 pistolas de choque elétrico, mas o exame psicotécnico, necessário para porte do equipamento, só os chefes possuem. “Os guardas estão com os exames vencidos. Não estamos recebendo pelo trabalho aos domingos e feriados. Estamos trabalhando mais e recebendo menos. Há muito estamos avisando essa situação, mas agora não dá mais”, conclui.

Guardas Municipais denunciam coletes vencidos em Guarujá

Guardas afirmam estar com coletes vencidos (Foto: Matheus Tagé/DL)

Outro guarda que faz parte da comissão, Alexandro Santos de Souza, disse que a indignação é geral. “Sem proteção não dá para entrar nos bairros. Sem colete, parte de tropa não vai para a rua. Os que estão saindo têm colete próprio”, garante.

Ainda ontem, o vereador Ronald Nicolacci Fincatti (Pros), sensibilizado com a situação  dos guardas, apresentou um requerimento na sessão ordinária pedindo explicações à Prefeitura.  

Prefeitura

A Secretaria de Defesa e Convivência Social informa que as placas balísticas (coletes) são para uso em serviço operacional, em rondas nas ruas, e que os equipamentos venceram neste mês de maio. O processo para aquisição dos novos coletes está em andamento. Por cautela, o Comando da Guarda recolheu os guardas do serviço operacional e eles estão saindo somente em caso de necessidade.

Estão sendo adotadas todas as providências para a compra dos coletes, que não está causando prejuízo no serviço, pois a maioria dos guardas trabalha em proteção aos próprios públicos, não havendo a necessidade do uso de coletes.

Ainda segundo a aecretaria, em aproximadamente 60 dias os novos equipamentos estarão disponíveis. Quanto aos EPI´s, todo mês os guardas recebem um valor de auxílio uniforme. O que está causando confusão é que a bota e a cobertura entraram na relação da CIPA como EPI e a Guarda considera os materiais como sendo uniforme. Esta questão, assim como os domingos e feriados, está sendo discutida nas reuniões que a Administração está realizando junto ao Sindicato e Jurídico, para tratar das cláusulas sociais do reajuste.

Já em relação a pistola de condutividade elétrica, os exames psicotécnicos estão vencidos, mas foram realizados, faltando somente o laudo técnico para a liberação do equipamento.

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