26 de Abril de 2024 • 02:22
Cotidiano
Após ficar quase um ano foragido, Vitor Alves Karam foi preso em um condomínio na capital
Isaías fez um apelo por denúncias sobre o paradeiro de Anderson Luiz Pereira Brito, que segue foragido / Nair Bueno/DL
Pai do universitário Lucas Martins de Paula, morto em julho do ano passado após ser agredido por seguranças do Baccará Bar & Grill, Isaías de Paula afirma que a prisão do empresário Vitor Alves Karam, localizado pela Polícia Militar após ficar quase um ano foragido, gerou uma sensação de que Justiça começou a ser feita.
A prisão ocorreu por volta das 14 horas de quarta-feira (17) em um condomínio na Zona Oeste de São Paulo, após uma denúncia anônima, e Isaías recebeu um telefonema duas horas depois com a informação de que um dos dois foragidos havia sido capturado, mas ainda não tinha a certeza que se tratava se Karam, conforme declarou em entrevista ao Diário do Litoral. "Só fui ter certeza à noite, às 21h", relata.
Na tarde desta quinta-feira (18), ele e a esposa, Claudia Cristina Martins de Paula, aguardavam informações sobre a possibilidade de transferência de Karam de São Paulo para uma unidade de detenção em Santos.
"Ele vai ouvir o meu grito. Nem que eu passe a madrugada toda lá", disse Claudia ao Diário.
Isaías diz que agradece a pessoa que fez a denúncia, que foi decisiva para a captura do procurado.
"Para mim, ele (Karam) é a principal pessoa de tudo que aconteceu ali, porque ele podia ter evitado. Ele tinha poder para isso na hora. As pessoas que estavam ali e agrediram meu filho eram subordinadas a ele. Então, ele tinha poder. Uma palavra só ele acabava com aquilo ali tudo. Então para mim ele é uma pessoa-chave dentro do que aconteceu ali", disse Isaías.
Dois seguranças, Thiago Ozarias Souza e Sammy Barreto Callender, estão presos preventivamente desde o ano passado. Um terceiro, Anderson Luiz Pereira Brito, que era encarregado do setor, segue foragido.
Isaías faz um apelo por denúncias sobre o paradeiro de Anderson e diz acreditar que em breve ele será localizado.
O processo que apura o homicídio tramita na Vara do Júri de Santos. Ainda não houve pronúncia, decisão para que sejam submetidos a júri popular os quatro réus.
"O que eu quero é isso: pena máxima para todos", afirma Isaías.
O crime
Lucas foi espancado após contestar a marcação de uma cerveja de R$ 15 em sua comanda e teve traumatismo craniano na madrugada de 7 de julho de 2018. Ele morreu em 29 de julho na Santa Casa de Santos.
Thiago Ozarias desferiu, segundo o Ministério Público, violentos golpes na vítima. Sammy, ainda de acordo com o MP, deu um soco no rosto do universitário, levando Lucas a cair já inconsciente ao chão. O crime foi captado por uma câmera de monitoramento de uma escola.
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