Cotidiano

Sem verba, projetos da USP não avançam em Santos

Universidade usa armazém cedido pela Codesp como depósito de materiais

Rafaella Martinez

Publicado em 26/03/2016 às 10:11

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Obras no local não tiveram início, mesmo após a cessão do espaço por 25 anos para a universidade; espaço funciona atualmente como armazém de depósito de materiais / Matheus Tagé/DL

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A placa reluzente anunciando as futuras instalações da base de pesquisa e extensão da Universidade de São Paulo (USP) contrasta com o cenário abandonado e esquecido do Armazém 8 do Cais, onde ela está inserida. Passados quatro anos desde a assinatura de um convênio entre a USP e a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) que cedia o Armazém para a universidade instalar um instituto oceanográfico, nada foi feito no espaço.

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Enfrentando dificuldades financeiras, a USP ainda não conseguiu levar adiante a proposta, que previa a construção de um centro de apoio para pesquisas, com a instalação de dois laboratórios gerais. O projeto também contemplaria atividades culturais, de extensão universitária, de navegação, de pesquisas hidrossedimentológicas e de geração de banco de dados compilados para apoiar projetos na região de Santos.

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De acordo com a Codesp, o contrato firmando com a Universidade em outubro de 2013 tem vigência de 25 anos, prorrogáveis por mais 25.

Atualmente, a universidade usa o local como base de atracação de seus navios (Prof. W. Besnard, Alpha Crucis e Alpha Delphine) e utiliza o armazém para depósito de materiais.

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Construção de novo campus segue paralisada

Outra proposta paralisada até hoje é a construção de um novo prédio para abrigar as instalações do curso de Engenharia de Petróleo da Escola Politécnica (Poli). Orçado em R$ 68,6 milhões, o projeto previa a construção de um campus para receber 250 estudantes de graduação e pós-graduação.

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Um termo de cooperação técnica foi firmado entre a Prefeitura e a universidade em agosto de 2013 e a obra estava prevista para ter início até julho de 2014, com prazo de 18 meses para término. No entanto, a construção foi suspensa em abril de 2014 por falta de recursos.

Questionada sobre a retomada dos dois projetos, que tinham como objetivo a capacitação profissional na cidade, a Universidade de São Paulo disse, por meio de nota, que em função das restrições orçamentárias desde 2014, está suspenso o início de novas obras e não há prazo para que sejam retomadas.

Questionada sobre o termo de cooperação técnica, a Prefeitura de Santos destacou que o documento tem cinco anos de validade, renováveis entre as partes por igual período.

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Ainda de acordo com a nota, o campus atual, mesmo que sem as melhorias estruturais, está recebendo componentes dos laboratórios que serão montados na unidade. “O investimento é de R$ 5,8 milhões em equipamentos, com verba do BID - Banco Interamericano de Desenvolvimento”.

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