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Cotidiano

Sem alarde, vereadores de Praia Grande aprovam 50% de aumento

Proposta foi aprovada na última terça-feira, sem alarde, em duas votações e envolve ainda um terço de férias e 13° salário

Carlos Ratton

Publicado em 06/10/2021 às 15:34

Atualizado em 07/10/2021 às 13:46

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A população de Praia Grande não ficou sabendo do aumento devido a pouca publicidade dada pela Mesa Diretora da Casa / Rodrigo Montaldi/Arquivo DL

Sem alarde, a Câmara de Praia Grande aprovou, na última terça-feira (5), projeto de resolução, de autoria da Mesa Diretora, que permitirá que, a partir de 2025, os vereadores da Casa recebam aumento em seus subsídios (salários) de 50%, um terço de férias remuneradas e 13º salário.

A proposta, bastante polêmica, não se encontra sequer em destaque no portal do Legislativo. Segundo apurado, os salários dos vereadores passarão de R$ 10.128,90 mensais para R$ 15 mil (exatos 15.193,35).

A conta é grande. A Câmara de Praia Grande tem 21 parlamentares. Atualmente, a folha de pagamento deles soma R$ 189 mil mensais ou R$ 2.26 milhões por ano. Com a nova proposta, a situação aponta para um aumento na folha de R$ 315 mil por mês e R$ 3.78 milhões por ano. Com o 13º salário e um terço de férias, o custo anual passa a ser de pouco mais de R$ 4.2 milhões.

A Mesa é composta pelos vereadores Marco Antônio de Sousa (presidente - PSDB); Rômulo Brasil Mendonça (vice - Podemos); Marcelino Santos Gomes (primeiro secretário - PSDB) e Natanael Vieira de Oliveira (segundo secretário - PSDB).

De modo rápido, o projeto foi aprovado em duas votações. Na primeira, os vereadores que votaram contra a proposta foram: Whelliton Augusto Silva (PL); José Carlos dos Santos (Solidariedade) e Marcos Rogério Câmara (MDB). Na segunda, só Whelliton e Câmara foram contra a proposta. O vereador Francisco de Araujo Lima Junior, o Gugu Mil Grau (PSD), não participou da votação em razão do estado de saúde de sua mãe, segundo informou sua assessoria. Por pouco não foi unanimidade.

RITO MÁGICO.

Informações extraoficiais obtidas pela Reportagem dão conta que esse 'rito' - de apresentar propostas polêmicas, não dar publicidade e promover votações 'relâmpagos' - se tornou comum na Mesa Diretora da Casa.

A ideia é colocar projetos que não teriam apoio popular no meio de outros sem expressão e aprová-los. A artimanha parece obter sucesso total, já que nem manifestações nas redes sociais estão ocorrendo.

É importante salientar que os vereadores praiagrandenses só têm obrigação de comparecer uma vez por semana na Câmara. As sessões ocorrem às terças-feiras e ainda meio período - a partir das 14 horas. O resto da semana, podem se dedicar a seus afazeres profissionais e projetos pessoais.

EM GUARUJÁ.

A Câmara de Guarujá resolveu enterrar de vez a proposta de férias remuneradas e 13º salário. Por unanimidade, os parlamentares arquivaram o projeto da Mesa Diretora que permitiria pagamento a partir de 2023. Na primeira votação, foram 15 votos a favor e somente um contra, do vereador Toninho Salgado. Na última terça-feira, foram 16 votos contra.

A Mesa Diretora, formada por José Nilton Lima de Oliveira (Doidão-presidente); Raphael Vitielo da Silva (1º secretário) e Anderson Figueira Lopes (2º secretário), foi autora do projeto polêmico.

A aprovação iria permitir que cada um dos 17 parlamentares recebesse R$ 10.021,00 de 13º salário no final do ano e ainda o mesmo valor em férias remuneradas, contando um terço a mais do salário normal. Isso representaria a soma de R$ 397.494,00 por ano.

BAIXADA.

É importante também enfatizar que, na Baixada Santista, as câmaras de São Vicente, Mongaguá e Peruíbe também conseguiram aprovar a proposta. Em Peruíbe, o 13º salário foi aprovado como "gratificação natalina" e São Vicente vai pagar a partir deste ano.

Mongaguá já pagou uma parte do 13º, mas não prevê pagamento de férias. Santos, Itanhaém, Cubatão e Bertioga não pagam 13º e nem férias remuneradas para vereadores. Praia Grande passará a pagar a partir de 2025.

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