Cotidiano

Segundo especialistas, a Terra está se 'abrindo' no Oceano pela primeira vez

Uma fenda de cinco quilômetros de profundidade pode ser resultado de uma das forças mais poderosas do planeta

Nathalia Alves

Publicado em 02/11/2025 às 04:10

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Segundo especialistas, a Terra está se 'abrindo' no Oceano pela primeira vez / Reprodução/ Getty Images

Continua depois da publicidade

Em um cenário digno de filme, cientistas registraram pela primeira vez o rompimento de uma zona de subducção.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

O fenômeno ocorreu no oceano Pacífico, em um ponto de colisão onde uma placa tectônica mergulha sob outra.

Continua depois da publicidade

Leia Também

• Placa mais amada e nostálgica do Brasil fica na Rodovia dos Imigrantes; veja por quê

• Você já reparou que alguns carros têm a placa azul? Saiba o que significa

• Perdeu a placa do carro? Descubra como substituí-la e evitar multa de R$ 300

A “cratera” foi identificada na costa da ilha de Vancouver, na região de Cascadia, onde as placas Juan de Fuca e Explorer se movem lentamente sob a placa norte-americana, e agora estão se partindo.

Para captar o fenômeno, a equipe enviou ondas sonoras a partir de um navio até o fundo do mar. Os ecos foram registrados por um dispositivo de escuta subaquático com 15 quilômetros de comprimento.

Continua depois da publicidade

As imagens revelaram rupturas atravessando a placa oceânica, incluindo um grande deslocamento. Nesse ponto, há uma fenda com cerca de cinco quilômetros de profundidade.

Leia também, Placa mais amada e nostálgica do Brasil fica na Rodovia dos Imigrantes

Ao longo dos 75 quilômetros da ruptura, algumas áreas ainda apresentam atividade sísmica, enquanto outras permanecem “silenciosas”.

Continua depois da publicidade

Segundo os pesquisadores, a ausência de atividade sísmica em determinados trechos indica que parte da placa já se desprendeu e que essa lacuna está aumentando gradualmente.

O geólogo Brandon Shuck, da Universidade Estadual da Louisiana (EUA) e principal autor do estudo, explica que as zonas de subducção estão entre as forças mais poderosas do planeta e ainda geram debates na geologia sobre como esses sistemas se iniciam e se encerram.

“Iniciar uma zona de subducção é como tentar empurrar um trem morro acima, exige um enorme esforço. Mas, uma vez em movimento, é como se o trem descesse a toda velocidade, impossível de parar. Encerrar esse processo requer algo drástico”, afirmou Shuck a um jornal americano.

Continua depois da publicidade

A região permanece capaz de gerar terremotos e tsunamis de grandes proporções. Compreender como essas fissuras se comportam pode aprimorar as previsões sobre esses fenômenos naturais.

 

Mais Sugestões

Conteúdos Recomendados

©2025 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software