13 de Outubro de 2024 • 00:56
O secretário de Recursos Hídricos de São Paulo, Benedito Braga, reconheceu ontem que a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) fecha o registro de parte da rede de distribuição de água da Grande São Paulo. "O sistema de redução de pressão não está disponível em todos os locais. Em alguns lugares, de fato, é preciso haver uma intervenção física, que não é telemetrada. Isso é algo que acontece em uma situação de escassez hídrica", disse.
Na semana passada, a reportagem noticiou que técnicos da estatal fecham o registro de 40% da rede. A manobra é feita manualmente na rua por funcionários da empresa nas regiões onde não há válvulas redutoras de pressão (VRPs) instaladas e deixa parte da tubulação despressurizada, provocando cortes no abastecimento.
O secretário de Recursos Hídricos não soube precisar o número de torneiras secas em consequência da manobra manual. "Precisa perguntar para os técnicos da Sabesp. Não tenho uma resposta neste minuto. Estou há poucos dias no cargo."
Pressão
Revelada pela resportagem em abril do ano passado, a redução da pressão noturna responde por mais de 50% da economia de água obtida durante a crise hídrica, segundo a Sabesp.
São 1,5 mil VRPs que auxiliam a reduzir as perdas por vazamentos. A medida foi intensificada em meados do ano passado. Até o início de 2015, as regiões afetadas eram omitidas pela empresa.
Os equipamentos são acionados remotamente de uma central de comando da Sabesp, que pode controlar a pressão da água nos bairros.
Pela norma técnica, ela deve oscilar entre 10 e 50 metros de coluna d'água, o que indica a altura que a água alcança só com pressão da rede. Mas, como em 40% da região metropolitana essa operação não pode ser feita automaticamente, a Sabesp passou a fechar os registros. Braga assumiu a pasta em janeiro, substituindo Mauro Arce.
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