Cotidiano
O secretário revela ainda que no trecho específico entre Praia Grande e Peruíbe, na Rodovia Padre Manoel da Nóbrega, a cobrança só acontecerá após a implantação de marginais
Cobrança de tarifas envolvendo o Lote Litoral Paulista proporcionará a instalação de 26 pórticos / Divulgação
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O secretário de Parcerias em Investimentos do Estado de São Paulo, Rafael Benini já informou que a população da Baixada Santista terá alternativas viárias para ‘fugir’ da cobrança de tarifas envolvendo o Lote Litoral Paulista que proporcionará a instalação de 26 pórticos, que só iniciarão a cobrança após concluídas todas obras de entorno das rodovias da região.
Garante que tarifa só começa depois do final do trabalho inicial, que consiste em toda a repavimentação, recapeamento, mudança de sinalização, implantação do sistema de comunicação, de conectividade, ambulância, guincho, nas rodovias em que os equipamentos serão instalados.
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O secretário revela ainda que no trecho específico entre Praia Grande e Peruíbe, na Rodovia Padre Manoel da Nóbrega, a cobrança só acontecerá após a implantação de marginais e que serão mais de R$ 5 bilhões em investimentos na região, sendo que o Governo do Estado irá financiar metade e a outra metade vai ser feita via tarifa dos pórticos.
E, por fim, afirma que o investimento precisa ser avaliado dentro de um contexto logístico do Estado de São Paulo.
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“A concessão do litoral junto com a concessão da Sorocabana permite formar um macro anel logístico do Estado. A duplicação entre Miracatu e Peruíbe e a melhoria e construção de marginais ao longo do trecho Peruíbe para a Praia Grande vão possibilitar um novo acesso ao Porto de Santos, que complementados com as rodovias Santos Dumont, Dom Pedro e a nova Mogi Bertioga, também no lote litoral, e a duplicação do trecho Bertioga-Santos, vão possibilitar um novo anel por volta da região metropolitana de São Paulo, melhorando a logística do Estado e acesso ao Porto de Santos, diminuindo a pressão de trânsito no Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI)”.
Veja também como votaram para governador os moradores das cidades que vão pagar novos pedágios. E mais: 'Pedágios isolam cidades do litoral e agravam desigualdades', dizem vereadores.
Enquanto o deputado estadual Caio França (PSB) lidera um movimento regional contra a instalação de pedágios nas rodovias da Baixada Santista, com apoio de cerca de 55 vereadores, os prefeitos da região ainda se dividem. Alguns são totalmente contrários, outros dizem estar apenas atentos à iniciativa do Governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) e ainda há uma parte que sequer opina.
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Dos que alegam estar apenas acompanhando está o prefeito de Santos, Rogério Santos, do partido do governador, que afirma “que atua para evitar que os moradores sejam afetados por eventual cobrança” e o de Cubatão, César Nascimento (PSD), que por conta do Município ser o único cortado por todas as rodovias que integram o Sistema Anchieta-Imigrantes, entende que melhorar a viabilidade urbana é fundamental.
O prefeito Alberto Mourão (MDB) diz que sempre se posicionou contra por entender que essa medida impacta negativamente a vida dos moradores, dos veranistas e da economia regional. Esse posicionamento não é recente: ao longo dos anos, o prefeito já se manifestou alertando sobre os prejuízos da proposta para a mobilidade e o desenvolvimento da região.
A prefeita de Mongaguá, Cristina Wiazowski (PP) também é contra a instalação de pedágios na rodovia Padre Manoel da Nóbrega “até que seja bem definido um plano de acesso pelas marginais e as ligações entre lado morro e lado praia, com instalações de passagens e viadutos para que o morador não seja penalizado”.
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O prefeito de Itanhaém Tiago Cervantes (PRTB/PSDB) reafirma sua posição contrária e vê com naturalidade a mobilização de parlamentares da região.
Veja clicando aqui quem não se manifestou sobre a questão.