Cotidiano
Discussões da reunião desta quarta (19) reforçam necessidade de soluções integradas para o novo acesso viário entre o Planalto e a Baixada Santista
Luna Almeida
Publicado em 19/11/2025 às 19:28
Atualizado em 19/11/2025 às 19:49
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A previsão é que o projeto executivo esteja finalizado e certificado até o fim do primeiro semestre de 2026 / Renan Lousada/DL
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A Assembleia Legislativa de São Paulo sediou, nesta quarta-feira (19), mais uma reunião da Frente Parlamentar em Apoio à Terceira Pista da Rodovia dos Imigrantes, que foi transmitida ao vivo pelo Diário do Litoral.
O encontro, conduzido pela deputada estadual Solange Freitas (União), ocorreu no auditório Franco Montoro e reuniu representantes estaduais, municipais e especialistas do setor portuário e de infraestrutura para analisar o andamento do projeto e os desafios do futuro corredor viário.
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O secretário de Indústria, Porto, Emprego e Empreendedorismo de Cubatão, Fabrício Lopes, alertou que o estrangulamento na chegada à Baixada continua crítico, especialmente em períodos de maior tráfego.
Para ele, a construção da Terceira Pista, isoladamente, não é suficiente para eliminar o bloqueio logístico: “A configuração atual da chegada pela Cônego Domênico Rangoni não resolve o problema. Precisamos de alternativas que tirem Santos e o Porto do pré-isolamento em que vivem hoje”, disse, reforçando o Corredor Porto-Indústria como via complementar para garantir mobilidade e oferecer resposta emergencial ao polo industrial.
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Na mesma linha, o superintendente de Desenvolvimento de Infraestrutura da Autoridade Portuária de Santos (APS), Luiz Felipe Tonelli Távora, destacou que superar o gargalo logístico permanece como desafio central.
Ele citou projetos em andamento que buscam viabilizar novos acessos ao Porto, construídos em cooperação com municípios e concessionárias.
O secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade de Santos, Glaucus Farinello, enfatizou que qualquer solução precisa ser analisada de forma sistêmica, incluindo a Avenida Perimetral e os pedidos de acesso apresentados por Cubatão.
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Farinello sugeriu que a Artesp amplie seu escopo técnico para contribuir com um plano regional unificado, reunindo todas as propostas em andamento.
O superintendente de Novos Investimentos da Artesp, Rodrigo Kenji Hirata, afirmou que o órgão está aberto a colaborar para amadurecer as alternativas em avaliação.
Segundo ele, a meta é entregar soluções que atendam não apenas ao Porto de Santos, mas ao conjunto dos municípios da Baixada: “Nosso objetivo é construir uma alternativa integrada, com qualificação técnica e visão regional”, reforçou.
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O diretor-superintendente da Ecovias e Ecopistas, Ronald Marangon, informou que estão em curso os processos de licenciamento ambiental, desenvolvidos em conjunto com a CETESB e demais órgãos.
Marangon lembrou que o Governo do Estado autorizou a obra em janeiro de 2024. Desde então, diversas fases foram concluídas: o projeto funcional em fevereiro de 2025, que definiu o traçado, e o projeto básico em outubro.
A previsão é que o projeto executivo esteja finalizado e certificado até o fim do primeiro semestre de 2026.
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O gerente de engenharia da Ecovias e responsável pelo projeto, Naelson Cândido, apresentou os critérios técnicos e ambientais que guiaram o desenvolvimento da nova ligação entre Planalto e Baixada.
Ele ressaltou que não se trata de uma mera duplicação da via atual, mas da criação de um novo caminho em área de grande complexidade ambiental e geológica.
O traçado escolhido, após análise de 19 alternativas, terá aproximadamente 21 km, com 80% do trecho em túneis, rampas adequadas ao transporte pesado e estruturas como viadutos e áreas de terra plena.
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Cândido afirmou que a nova pista foi planejada para garantir segurança, fluidez e impacto ambiental reduzido.
Entre os diferenciais da futura via estão tecnologias modernas, sistemas paralelos de emergência e acessos controlados.
A obra permitirá diminuir a necessidade de operações especiais nos fins de semana e feriados, ampliando a capacidade total em até 30 mil veículos por dia e aumentando em 5% a eficiência na descida de caminhões.
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A deputada Solange Freitas finalizou o encontro ressaltando que a Frente Parlamentar continuará articulando discussões técnicas entre Estado, municípios, concessionárias e o setor portuário.
Houve ainda o anúncio do novo protocolo humanitário para longas interrupções, que estabelece diretrizes para oferecer suporte imediato aos motoristas e passageiros retidos.
O objetivo, segundo ela, é garantir que a Terceira Pista seja executada de forma eficiente e integrada às demais necessidades da Baixada Santista.
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