Sebastião Salgado em cena do documentário 'O Sal da Terra' / Imovision/Divulgação
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Com 52 anos de carreira como fotógrafo, Sebastião Salgado, falecido nesta sexta-feira (23), é considerado um dos principais nomes da área. Viajando por mais de 120 países, ele sempre trabalhou com sua esposa, Lélia Wanick Salgado, em vez de contratar um designer diferente para cada livro e exposição.
A princípio, o pai de Salgado, um pecuarista, queria que o filho se tornasse advogado. Em vez disso, ele estudou economia na Universidade de São Paulo e obteve o título de mestre em 1968.
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Durante sua carreira, Salgado se envolveu em episódios marcantes da história do Brasil e do mundo. O Diário do Litoral separou alguns deles:
Salgado foi reconhecido em território americano por documentar a tentativa de assassinato do presidente Ronald Reagan por John Hinckley. A imagem foi capturada durante os 100 primeiros dias de mandato do presidente.
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A pedido do New York Times, Salgado tinha oito páginas do jornal para preencher e, por isso, saiu de uma conferência antes dos outros fotógrafos para obter um ponto de vista diferente.
Ao longo de sua carreira, Salgado recebeu 16 prêmios, incluindo o W. Eugene Smith Memorial Fund Grant, em 1982, o título de Membro Honorário Estrangeiro da Academia Americana de Artes e Ciências, em 1992, e a Medalha do Centenário e Bolsa Honorária da Royal Photographic Society (HonFRPS), em 1993.
Ele também foi homenageado com quatro condecorações, entre elas a de Comendador da Ordem do Rio Branco do Brasil, em 2004, e a de Cavaleiro da Legião de Honra da França, em 2016.
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Salgado colaborava frequentemente com compositores para incluir trilhas sonoras em suas exposições. Um exemplo é a mostra realizada na Filarmônica de Paris, em 2021, onde trabalhou com o compositor e artista performático francês Jean-Michel Jarre para criar uma partitura inspirada nos sons da floresta.
Em 2014, seu filho Juliano Ribeiro Salgado e o cineasta Wim Wenders lançaram o documentário 'O Sal da Terra'. A produção chegou a ser indicada ao Oscar na categoria e mostrava os bastidores da vida de Sebastião, desde Serra Pelada, o registro da miséria na África e no Nordeste do Brasil, até sua obra-prima, "Gênesis".